Onda antitucana varre das urnas candidatos de Padre Osvaldo em Catanduva
Nenhum dos nomes apoiados pelo prefeito conseguiu se eleger, ou mesmo ficar entre os mais votados na cidade
Foto: DIVULGAÇÃO - Padre Osvaldo em evento de apoio ao governador Rodrigo Garcia, derrotado nas urnas
Por Rodrigo Ferrari | 04 de outubro, 2022
 

O resultado do primeiro turno da eleição, disputado no último domingo, trouxe um sabor amargo para o prefeito de Catanduva, Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB). Além de representar o fim do domínio tucano no estado de São Paulo, com o governador Rodrigo Garcia não conseguindo ir sequer para o segundo turno, a votação foi marcada pela derrota de todos os candidatos a deputado apoiados pelo chefe do executivo municipal.    

Oficialmente, o governo de Padre Osvaldo centrou apoio em duas dobradas. Uma delas era formada pelos candidatos a deputado federal Marcelo Hercolin e a estadual Fernando Galvão, ambos do União Brasil e ligados ao candidato a vice-governador Geninho Zuliani. A dupla contava com comitê na rua Brasil, no Centro, onde foram realizadas diversas atividades de campanha, que tiveram participação ativa de Padre Osvaldo.     

Galvão, que foi prefeito de Bebedouro, conquistou 47.359 em todo o estado, ficando na 125ª colocação na disputa pela Alesp, que conta com 94 cadeiras. Numa eleição polarizada entre PL e PT, que alcançaram o maior número de assentos na Assembleia, o candidato de Padre Osvaldo acabou ficando bem abaixo dos mais de 90 mil votos que garantiram a reeleição de Edson Giriboni. Em Catanduva, ele foi apenas o 37% colocado, com 119 votos.    

O desempenho de Hercolin também ficou abaixo do esperado. Nos bastidores, circulava a informação de que a meta da campanha era de que ele alcançaria pelo menos 6 mil votos em Catanduva. Apuradas as urnas, ele obteve somente 1.633 votos, ficando na sétima colocação, perdendo para nomes de fora, como Ricardo Salles, Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, todos do PL. No estado, o ex-prefeito de Santa Adélia conquistou 58.419, número insuficiente para conseguir se eleger.   

ZERBINI   

O resultado da eleição ganhou contornos ainda mais trágicos para Padre Osvaldo por conta do baixo desempenho de seus principais aliados, o deputado estadual Marcos Zerbini e sua esposa Cleusa Zerbini, presidente da Associação dos Trabalhadores Sem Terra. Ambos fizeram dobrada para o legislativo, mas não conseguiram se eleger.    

Dona Cleusa, que se candidatou pelo MDB, alcançou apenas 35.542 votos no estado. Em Catanduva, foram 1.525, com ela terminando em oitavo lugar. Zerbini angariou 1.818 votos, tendo o quinto mais bem colocado. Porém, ficou abaixo de nomes como Ricardo Zupirolli, que sequer soltou material de campanha nas ruas.    

A derrota do PSDB no estado, aliada à perda do mandato de Zerbini, coloca em xeque o destino dos loteamentos da Associação Bom Pastor, projeto que é desenvolvido pelo deputado e sua esposa.    

A onda antitucana em Catanduva também afetou um aliado próximo à família Vinholi. O ex-assessor de Marco na Secretaria Estadual de Desenvolvimento do Interior Maciel da Rocha obteve apenas 549 votos na cidade. No geral, foram pouco mais de 35 mil votos alcançados pelo candidato, que é natural de Fernando Prestes. 

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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