Obesidade infantil cresce no mundo e exige atenção redobrada dos pais
Pediatra Gabriela Oliani destaca que prevenção vai além da alimentação e envolve fatores genéticos e suporte familiar
Foto: Afya/Ipemed - Médica destaca que é preciso adotar uma abordagem multifatorial
Por Da Reportagem Local | 01 de julho, 2025

A obesidade infantil é uma preocupação crescente em escala global. Segundo a World Obesity Federation, cerca de 158 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos vivem atualmente com excesso de peso. A projeção é alarmante: até 2030, esse número pode chegar a 254 milhões.

A pediatra Gabriela Oliani, que atua pelo Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, alerta que fatores genéticos e hereditários são responsáveis por 55% a 80% da variação individual nos casos de obesidade. “Isso mostra que, embora alimentação e atividade física sejam fundamentais, a predisposição genética tem grande impacto no desenvolvimento da condição.”

Antes visto como um problema restrito a países de alta renda, o sobrepeso infantil tem avançado de forma significativa em nações de baixa e média renda, tornando-se preocupação mundial.

A médica destaca que a formação dos padrões alimentares começa ainda na gestação, já que a variedade da dieta da gestante pode expor o feto a moléculas palatáveis e influenciar preferências alimentares futuras.

A amamentação, por sua vez, é fator protetor contra a obesidade, e uma introdução alimentar adequada favorece a formação de bons hábitos desde cedo. “A prevenção começa na base da família. As idades críticas são aquelas que envolvem mudanças nos padrões de vida, como o início da escolarização e a socialização na primeira infância.”

Entre os riscos à saúde associados à obesidade, a pediatra aponta consequências de curto prazo, como distúrbios respiratórios, dores articulares, alterações alimentares e baixa autoestima. Já no longo prazo, há maior probabilidade de desenvolvimento de diabetes tipo 2, hipertensão arterial e síndromes cardiovasculares na idade adulta.

A profissional também alerta para os ambientes obesogênicos, que facilitam o acesso a alimentos ultraprocessados e estilos de vida sedentários, contribuindo para o agravamento do problema. “A exposição precoce a telas, por exemplo, influencia negativamente a alimentação.”

A médica destaca que é preciso adotar uma abordagem multifatorial, com incentivo a dietas saudáveis, prática regular de atividade física, controle do sono e envolvimento familiar.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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