Neurologista destaca formas para manter cérebro ativo por mais tempo
Foto: Divulgação - Médica Simone Fernandes ressalta a importância de desacelerar
Simone Fernandes reforça que o cuidado com a saúde neurológica não deve começar apenas diante de um problema
Por Da Reportagem Local | 14 de julho, 2025

O cérebro humano é uma das estruturas mais fascinantes e complexas do corpo — e também uma das mais sensíveis aos hábitos diários. Segundo a neurologista e professora Simone Fernandes, o cuidado com a saúde neurológica não precisa começar apenas diante de um diagnóstico ou problema evidente. Pelo contrário, é na rotina que está a verdadeira prevenção.

“Cuidar do cérebro é um processo contínuo. Não se trata apenas de evitar doenças, mas também de mudança de hábitos, de tomadas de decisões conscientes e coerentes com seus objetivos e valores e, mais do que isso, de persistência em alcançar o que se planeja para uma vida com mais sentido. Não conte com a sorte, construa a sua própria força consistente com o que você almeja”, diz a médica.

Entre os hábitos mais importantes para manter o cérebro ativo, Simone destaca a qualidade do sono como prioridade. Dormir bem, com regularidade e tempo adequado, permite que o cérebro organize memórias, repare funções e recupere energia. “Muita gente negligencia o sono e depois sofre com cansaço mental, dificuldade de concentração e alterações de humor. É durante o sono que o cérebro realiza tarefas fundamentais para o nosso funcionamento.”

Outro ponto essencial é buscar novos estímulos diariamente. Aprender algo novo, mesmo que simples — como uma receita, uma palavra em outro idioma ou um jogo diferente — já ativa áreas importantes do cérebro. “O nosso cérebro gosta de ser desafiado. Quando paramos de aprender, ele desacelera. Estímulos novos mantêm a mente ativa e flexível”, garante.

A neurologista também reforça os benefícios da prática regular de atividade física. “O exercício não atua só no corpo, mas diretamente no cérebro. Ele melhora a circulação, reduz inflamação, libera substâncias neuroprotetoras e tem impacto direto na nossa capacidade de foco e na saúde emocional.”

As relações sociais, muitas vezes subestimadas, também fazem parte desse cuidado. Conversar, trocar ideias, rir, conviver com outras pessoas — tudo isso é exercício cerebral. “Pessoas que se isolam tendem a ter um declínio cognitivo mais rápido. Relações saudáveis protegem o cérebro, estimulam a linguagem, a memória e o afeto”, afirma a médica.

Por fim, ela ressalta a importância de desacelerar. Fazer pausas conscientes durante o dia, respirar fundo, desligar das telas por alguns minutos e até tomar um café com atenção plena são práticas simples que ajudam a reduzir a sobrecarga mental. “Vivemos em um ritmo acelerado, que esgota a mente. Pequenas pausas ao longo do dia funcionam como um reset necessário”, conclui.

Para Simone Fernandes, cuidar da mente é um compromisso com o presente e com o futuro. E não exige grandes mudanças, apenas escolhas conscientes e consistentes, mesmo que nas pequenas coisas do dia a dia. “Quanto antes começarmos a olhar com carinho para o nosso cérebro, mais chances temos de envelhecer com autonomia, clareza e saúde emocional.”Parte superior do formulário

 

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Redação de O Regional

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