O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente o quarto balanço do Censo Demográfico 2022, operação iniciada em 1º de agosto e que deve ser concluída até o próximo dia 23. Em Catanduva, a coleta de dados se aproxima de 95% e, até o momento, o levantamento indica 109.945 moradores e a tendência de que a população irá encolher.
Segundo o IBGE, no Censo de 2000, o município tinha 105.847 habitantes. Dez anos depois, no Censo 2010, foram contadas 112.820 pessoas. A projeção para este ano seguia a estimativa de 123.114 moradores, número ainda distante a poucos dias do término do recenseamento. Até agora, as equipes percorreram 52.390 domicílios, faltando em torno de 5% a serem coletados.
“A gente percebeu, devido a essa queda brusca da população com relação aos números estimados, que a média de pessoas por família caiu muito. Enquanto no Censo passado o índice era de 3,8, agora há, em média, 2,6 moradores por domicílio, apesar de ter aumentado o número de residências na cidade”, comenta Edson da Silva, coordenador de área do IBGE.
Conforme os dados, da população recenseada na cidade, 52% são mulheres e 48% homens: em números absolutos, são 57.285 pessoas do sexo feminino e 52.660 do sexo masculino. Cerca de 1.900 domicílios estão com moradores ausentes – que não estão sendo localizados pelos agentes e 430 pessoas se recusam a responder os questionários ou a atender as equipes.
Além disso, Catanduva tem cerca de 6.500 domicílios vagos, em que não mora ninguém e que estão para alugar ou à venda. Há, ainda, em torno de 2 mil considerados de uso ocasional, que são utilizados por pessoas que moram fora ou estudantes que alugam imóveis na cidade.
“Estamos apurando, revisando, fazendo controle de qualidade para que ninguém fique de fora. A preocupação maior são as recusas. São quase 500 domicílios que não querem responder e isso vai impactar na população final. Se houver um crescimento populacional, vai ser muito pequeno e inclusive pode fazer com que o Fundo de Participação dos Municípios caia”, diz Silva.
Desde o início, o IBGE tem enfrentado problemas no contato com a população. “Nossa batalha desde o começo foi para que a população recebesse o recenseador e isso não aconteceu. A gente teve um desgaste muito grande, tivemos até recenseador agredido”, lembra ele, que ainda reforça o pedido para as pessoas recebam os recenseadores nos últimos dias de trabalho.
O coordenador diz que todos os números serão analisados, bem como o reflexo causado pela pandemia – sobre a população e a economia. “Tudo terá que ser justificado. Seguimos fazendo todo o esforço para, até o último dia, chegar à população mais próxima da nossa realidade. Ao final, mostraremos todos os números e indicadores de forma transparente à comunidade.”
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