A Polícia Civil identificou uma mulher de 51 anos que se passava pela primeira-dama do Estado de Goiás, Gracinha Caiado, para aplicar golpes em fazendeiros. Após as investigações, a autora foi identificada e a autoridade policial pediu sua prisão provisória. Ela não teve o nome revelado.
A denúncia inicial teria partido de um fazendeiro de Nova Crixás (GO), que suspeitou que estava sendo enganado pela farsante. A acusada foi presa na terça-feira, 5, em Catanduva, em ação que teve apoio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Goiás.
Diligências revelaram que fazendeiros dos Estados de Goiás e Mato Grosso foram vítimas da mulher, que oferecia o suplemento animal 'Ourophós' por preço superior ao de mercado, utilizando conversa enganosa. O valor, segundo alguns relatos, chegava a ser exorbitante.
Apostando na lábia, a suspeita afirmava que a quantia obtida com a venda seria utilizada em projetos sociais do governo de Goiás. Os fazendeiros, mesmo reconhecendo o valor acima do mercado, adquiriam o produto pensando em ajudar as instituições beneficentes.
As vítimas eram abordadas apenas por telefone e os números dos fazendeiros teriam sido obtidos por uma lista comprada no interior de São Paulo. A Polícia Civil estima que ela tenha causado prejuízo de mais de R$ 1 milhão com a venda do suplemento agrícola.
A investigada nunca foi presa, mesmo cometendo o crime há mais de 7 anos. Durante declarações, ela esclareceu que, há quase 3 anos, passava-se por Gracinha Caiado, esposa do governador goiano Ronaldo Caiado (União Brasil), mas a Polícia Civil identificou que a mesma mulher chegou a se passar por uma parente do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo.
Além da prisão, foi realizada busca no imóvel da investigada: no local, foram localizadas listas com diversos nomes de vítimas. A acusada responderá pelo crime de estelionato.
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