Movimento Surdo de Catanduva faz manifestação hoje na Prefeitura
Objetivo é conseguir melhorias na utilização de Libras em locais como hospitais, farmácias, lojas e bancos
Foto: ARQUIVO PESSOAL - Andrei criou canal no YouTube para conscientizar as pessoas sobre temas de inclusão e acessibilidade
Por Stella Vicente | 23 de setembro, 2022
 

Liderado por Andrei Rodrigo Cássia, o Movimento Surdo planeja fazer hoje, dia 23, a partir das 13 horas, uma manifestação na Prefeitura de Catanduva. O motivo é a falta de acesso e contínua luta pelos direitos da comunidade surda da cidade e região.  

Segundo Andrei, fazem parte do grupo pessoas surdas, como é o caso dele, intérpretes, professores e familiares ouvintes, além de grupos e organizações que os representam.   

Ele ainda diz que, até o momento, não atuam de forma oficial já que não constituem uma associação. Ainda assim, seguem com o objetivo de conquistar reivindicações importantes. "Esse grupo de pessoas luta por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania todos os dias", destaca Andrei.  

A manifestação antecede o Dia Nacional dos Surdos, comemorado no dia 26 deste mês, e busca melhorar a falta de utilização da Libras em lugares como hospitais, farmácias, lojas e bancos, por exemplo.  

Para Andrei, o assistente virtual chamado Hand Talk, não é suficiente nestas ocasiões. Dessa forma, ele e o movimento pedem mais empenho do poder público para solucionar o problema de acessibilidade.  

"A sociedade precisa acordar, porque é por meio dessa língua que a comunidade surda fará a interação na sociedade, construir sua identidade e exercer cidadania, essa é a forma verdadeira da inclusão social", afirma Andrei.  

O jovem, que é o único surdo em sua família, conta que sempre sofreu muito com a falta de acessibilidade e se tornou dependente de seus familiares.   

"[Por isso] comecei a fazer vídeos para Internet como forma de ajudar na inclusão da sociedade surda. Aos 31 anos de idade sempre busquei experiência em várias coisas, como fotógrafo, designer gráfico, mas sempre foi bem difícil encontrar trabalho sendo PCD (Pessoas com Deficiência)", conta. 

 

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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