Moradores de Catanduva denunciam casos de envenenamento em animais
Houve relatos no Centro, Higienópolis e Pedro Monteleone; lei determina a prisão de dois a cinco anos aos que maltratarem os animais
Crédito: Divulgação/Redes Sociais - GCM foi contatada e informou não ter informações sobre os possíveis casos de envenenamento
Por Da Reportagem Local | 19 de julho, 2023

Moradores de diferentes bairros de Catanduva estão usando as redes sociais e grupos de WhatsApp para denunciar casos suspeitos de envenenamento de cachorros e gatos. Segundo as denúncias, há duas semanas, os animais têm sido encontrados com os mesmos sinais. Os casos aconteceram no Centro, Higienópolis e Pedro Monteleone.

Na semana passada, a professora Patrícia Cazelato socorreu dois felinos que apareceram com os mesmos sintomas. Dentre eles está o Nenê, que é cuidado pela educadora. Ele mora na escola de idiomas que Patrícia tem no centro da cidade.

“Os gatos estão sendo envenenados, inclusive um deles é o Nenê, é o que eu cuido, e eles vêm passando mal aqui. Agora já a segunda gatinha é uma gatinha que fica mais na rua, ela é arisca, mas o ambiente dela também é por aqui, pela minha área. Veio se batendo no coqueiro, babando, a pupila fica dilatada, ficam todos cheios de fezes. É muito feio de ver, muito feio mesmo. Eles perdem totalmente a força do corpo, eles ficam largados, é uma judiação. E o que está sendo cogitado é que é veneno de rato, ele vai matando e vai correndo gradativamente o corpo do animal. A gente realmente precisa alertar as pessoas porque eu estou preocupada. Não tem poucos gatos aqui na minha região. Na escola tem quatro, mas há outros”, relata.

O Nenê já foi liberado, mas continua com dificuldade para comer. A segunda gatinha resgatada segue internada e o estado de saúde dela ainda é considerado grave, pois ela não tem conseguido se alimentar e nem beber água.

“Eles estavam pensando em passar sonda nela porque ela não se alimenta e nem bebe água, só que aconteceu um episódio, umas 11 horas da manhã, ela vomitou preto, uma coisa preta que eles já até coletaram o material para ver que tipo de veneno que foi dado”, conta Patrícia, que espera que o responsável seja identificado e sofra as repreensões necessárias pela crueldade praticada.

A protetora Manuela Lapera, da ONG Pet Catanduva, afirma que as características do envenenamento são nítidas. Segundo ela, o diagnóstico é fechado por meio de exames clínicos, bioquímicos e de imagem, além do sintoma físico do animal. “A responsável pela ONG, onde sou voluntária, está com casos de envenenamento que ocorreram nas duas últimas semanas, no Pedro Monteleone. Eu estou aqui no Centro, cuidando desses casos aqui, estou socorrendo”, diz. A ONG tem recorrido às câmeras de monitoramento e as imagens foram anexadas a boletim de ocorrência registrado pelas protetoras.

Já no Higienópolis, três cachorros teriam morrido com a suspeita de envenenamento. Um outro cão da raça chow-chow teria sido socorrido a tempo. A vereadora e protetora Ivânia Soldatti, que trabalha pela causa animal, afirma que os casos de envenenamento sempre acontecem em Catanduva.

“Se seu animal for envenenado, você deve fazer um boletim de ocorrência e comunicar a todos os vizinhos que está tomando as providências. Tente se precaver mantendo seu animal dentro de sua casa para que ele não sofra. A pessoa que envenena o animal deveria saber o quanto sofre o animal para vir a óbito em um envenenamento. Enquanto seus vasos não forem estourados, dilatados, ele ainda continua com vida e sentindo muita dor. Comunique a Guarda Municipal pelo número 153, ligue para Polícia Militar no 190, quem tiver qualquer informação nos avise”, instrui.

A Lei Federal nº 14.064/20 determina a prisão de dois a cinco anos aos que maltratarem os animais. A Guarda Civil Municipal foi contatada, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de Catanduva, e informou não ter informações sobre os casos relatados pelos protetores de animais.

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Redação de O Regional

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