O período de chuvas aumenta o transtorno da família de Lucas Moreira, morador da rua Patos de Minas, no Conjunto Euclides. O ponto em que ele reside é de terra e, nessa época do ano, torna-se barro. Ele reclama que outras duas vias do bairro que estavam na mesma situação receberam asfalto, mas que aquele trecho não foi atendido pela administração municipal.
“Faz 34 anos que moro no mesmo local e eu nunca vi o progresso chegar nessa rua. Eu quero o melhor para a minha família e nosso bem-estar, tenho criança pequena, e fico indignado com essa situação”, reclama o morador, que relembra que chegou a procurar pelo vereador Gordo do Restaurante (PSDB), antes de ser eleito, mas que até hoje não teve seu pedido atendido.
O trecho em terra da rua Patos de Minas dá acesso à entrada do Lar Bom Samaritano, que foi administrado por longo tempo pelo prefeito Padre Osvaldo (PSDB) – algo que o morador considera irônico. “Ele não teve a capacidade de melhorar a situação aos próprios moradores.”
Questionada pelo jornal O Regional, a Prefeitura de Catanduva afirmou que questão jurídica impede intervenção no local. “De acordo com a Secretaria de Obras e Serviços, processos estão em avaliação e dão conta de que o local, a partir da avenida Pato de Minas, entre a rua Barão dos Cocais, até o acesso ao Lar Bom Samaritano, não pertence à municipalidade. Por sua vez, a Prefeitura busca meios legais para poder executar melhorias, dentre elas, a pavimentação.”
A resposta da municipalidade foi levada ao conhecimento do morador, que rebateu que, no ponto em que ele reside, é cobrado IPTU. “Até onde eu moro, não é área particular. O terreno particular começa depois da minha casa e vai até o Lar Bom Samaritano. E o proprietário dessa rua precisa ser cobrado a fazer guia e asfalto no trecho que lhe pertence”, pontou Moreira.
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