Mercado imobiliário de Catanduva melhora e expectativas aumentam para resto do ano
Cenário dos primeiros meses foi positivo para toda a região; dentre os destaques de venda estão os apartamentos para universitários
Nos primeiros seis meses do ano o mercado imobiliário regional se manteve estável. Em Catanduva, tudo ocorreu como o esperado, com melhora em comparação ao mesmo período no ano anterior. A explicação é o bom momento para investir em imóveis, assim como a volta das aulas na cidade, conhecida por receber universitários.
Segundo a imobiliária Vila Rica, situada em Catanduva, esse cenário estava previsto. “Isso já era esperado no final do ano, já que as altas da Selic e o aumento das taxas de juros do financiamento imobiliário são indicadores primordiais no setor, e costumam trazer este tipo de movimentação”, explica Juliano Spina, do setor jurídico da empresa.
Com a retomada pós-pandemia, o segmento ainda notou valorização em determinados imóveis. Um maior número de alunos voltou a ter aulas presenciais nas instituições de ensino, o que aumentou a procura por apartamentos voltados ao público universitário em Catanduva.
"Na área de locação, a procura maior foi de estudantes nos primeiros três meses do ano, que já é uma característica da cidade. Mas mencionamos também os inquilinos que buscam redução de valores de aluguéis, ou seja, procuram imóveis com valores menores do que pagavam anteriormente, com a intenção de baixar as despesas fixas”, ressalta Ana Paula Carobeno, gerente de locação da imobiliária Pro Imóveis, também de Catanduva.
Ela atribui esse aumento na procura à alta dos preços de alimentos, combustível e outros produtos, que fazem com que economizar no aluguel seja a solução para muitas pessoas.
Outro fator que ajudou o mercado imobiliário no primeiro semestre foi a procura de investidores, isto é, proprietários que buscam imóveis como forma de investimento. Segundo Ana Paula, o motivo pode ser a oportunidade de negócios do momento, onde alguns imóveis estão com valor abaixo do mercado.
“Tem também aqueles que procuram aplicar o seu capital em imóveis para maior valorização, já que poupança e aplicações financeiras têm rendimentos menores do que a própria valorização de um imóvel”, completa a gerente de locação.
Ainda assim, a procura maior continua sendo por imóveis usados. Isso pode ser atribuído à possibilidade de se fazer uma negociação com a ajuda de um corretor no que diz respeito ao valor da venda. Assim, o custo-benefício do imóvel acaba aumentando e a venda é facilitada.
Como o gráfico de procura mostrou, no geral, aumento no primeiro semestre, as expectativas para os meses restantes também são positivas. “Na entrada do segundo semestre há maior expectativa de mudança no cenário, pois as pessoas já têm uma noção do que ainda pode ser investido ou reduzido no restante do ano”, considera Ana Paula, da Pro Imóveis.
Juliano, da imobiliária Vila Rica, também se mostra esperançoso quanto ao cenário futuro. “O mercado imobiliário no segundo semestre de 2022 segue otimista e tem tudo para ser um período próspero em vendas. Mas, mais do que as previsões de especialistas e tendências para este período, valem os bons e infalíveis tato, tino comercial e foco no autodesenvolvimento profissional”, ressalta.
Vendedores parcelam imóveis e vendas aumentam na região
No mais recente levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Crecisp), as vendas de imóveis aumentaram na região de São José do Rio Preto, que engloba Catanduva. Após duas quedas consecutivas, de 28,79% em janeiro e de 23,80% em fevereiro, as vendas de casas e apartamentos tomaram novo rumo no mês de março: houve crescimento de 61,32% nas transações no período, acumulando alta de 9,73% nos primeiros três meses de 2022.
Esse resultado foi registrado pela pesquisa feita com 27 imobiliárias nas cidades de Bady Bassit, Catanduva, Fernandópolis, Jaci, José Bonifácio, Mendonça, Nova Granada, Palestina, São José do Rio Preto, Urupês e Votuporanga.
No relatório do Crecisp, também chama atenção o percentual de imóveis vendidos por meio de parcelamento direto pelos proprietários, em que 47,06% das vendas foram feitas por essa modalidade. Na sequência, os compradores optaram pelo financiamento por bancos privados, com 29,41%; e pelos negócios à vista, com 17,65%.