Menina transplantada de coração tem alta depois de 66 dias
Caso de Ana Lívia Prado ganhou notoriedade porque o doador surgiu no menor tempo já registrado no hospital
Foto: Divulgação/HCM - Ana Lívia, de apenas 3 anos, teve miocardiopatia dilatada e precisou do transplante
Por Da Reportagem Local | 14 de maio, 2024

Após 66 dias do transplante de coração que salvou sua vida na CardioPedBrasil, a paciente Ana Lívia Prado, de 3 anos, recebeu alta hospitalar na manhã desta segunda-feira, 13 de maio. O caso clínico de Ana Lívia ganhou notoriedade porque o doador do órgão surgiu no menor tempo na história do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de Rio Preto.

Apenas 5 horas depois de o hospital incluir Ana Lívia na lista de espera pelo órgão, surgiu a doadora compatível, uma menina com a mesma idade, falecida em Cuiabá.

“A sensação é de vitória, de ir embora com ela bem. Como mãe esse tempo de internação foi doloroso, mas ao mesmo tempo gratificante ver o quanto ela é forte. A cada dia vendo a força dela, me motivava também para acreditar que tudo ia ficar bem. Ela sempre foi minha fortaleza. Agora quando chegar em casa quero ver meus filhos, estou com saudades dele e a Ana Lívia também. Agradeço ao HCM que é um hospital sem igual, nunca imaginei que teria um lugar com tanto cuidado não só com a minha filha, mas comigo também”, disse a mãe Talissa.

Alexandra Ciscar Barufi, cardiologista, ressaltou as boas condições de saúde da pequena e os cuidados após a alta. “O coração da Ana Lívia está forte e ela recebeu alta em boas condições. Agora ela continua em acompanhamento médico conosco e segue com as medicações de controle. Nesse primeiro ano de transplante ela não poderá voltar para a escola por conta da imunidade, apenas em casa com a família”, afirmou.

É mais uma vitória de Ana Lívia que teve uma miocardiopatia dilatada, em que o coração é muito maior do que o normal para sua idade, equivalente ao de um adulto. Seu nome foi incluído na lista de espera às 8h30 do dia 8 de março e, às 13h30, a equipe do HCM foi avisada de que havia um doador compatível.

Ana Lívia foi transferida do Hospital Estadual de Bauru para o HCM por ser a CardioPedBrasil um dos três maiores centros de referência do Brasil e o maior do interior paulista no tratamento de crianças com cardiopatias e demais doenças graves do coração. Em seus 23 anos de atividades, o Centro do Coração da Criança do HCM, que integra o complexo hospitalar da Funfarme, já operou mais de 6.500 crianças de todo o país e realizou 15 transplantes de coração infantil.

Para viabilizar o transplante a tempo, a Funfarme fretou um avião para permitir à equipe do HCM percorrer os 2.000 quilômetros de ida e volta entre Rio Preto e Cuiabá, onde encontrava-se o doador, a tempo de retornar no prazo adequado para o coração ser transplantado.

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Redação de O Regional

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