Aos 57 anos, Joana D’arc da Silva Aguera vivia debilitada e correndo risco de morte devido ao mau funcionamento da válvula tricúspide, em seu coração. Pior: por ter passado já por duas cirurgias cardíacas, uma terceira era inviável por impor riscos enormes.
O quadro desesperador, no entanto, teve feliz reviravolta quando a moradora de Auriflama passou por procedimento inédito na região, realizado pelo cardiologista e hemodinamicista Pedro Garzon e a equipe do Instituto de Moléstias Cardiovasculares - IMC, de Rio Preto.
Detalhe importante: no procedimento, foi implantada uma bioprótese desenvolvida por uma empresa sediada em Rio Preto e que já salvou a vida de mais de 1,5 mil pessoas em todo o mundo.
A intervenção foi realizada no dia 1º de setembro e na manhã da última sexta-feira, 8, Joana teve alta hospitalar do IMC de Rio Preto, com a perspectiva de retomar sua rotina, mas agora com qualidade de vida.
“Sentia muita falta de ar, cansaço enorme, não conseguia me agachar ou varrer. Operada, já me senti muito bem durante os dias em que fiquei no IMC. Agora, é vida nova. Voltar para minha família e fazer o que não vai conseguia”, afirmou.
O médico Pedro Garzon salienta que o procedimento realizado pelo IMC tem impacto significativo na medicina, pois oferece alternativa terapêutica a pacientes de risco extremo para os quais até então a cirurgia aberta não era indicada.
“A nossa paciente havia passado por duas cirurgias para colocação de válvulas no coração, por isso, realizar uma terceira era totalmente contraindicado. Felizmente, com a parceria da empresa que desenvolveu a prótese, pudemos devolver a ela a qualidade de vida”, celebrou.
Além de utilizar a prótese inovadora, o procedimento é minimamente invasivo, ou seja, com o auxílio de modernos equipamentos disponíveis no Serviço de Hemodinâmica do IMC, a equipe médica fez apenas um corte de milímetros na perna, em região perto do quadril, por onde introduziu pela veia um catéter que levou a prótese até o coração da paciente.
A bioprótese TricValve® foi desenvolvida por físicos médicos e engenheiros da unidade rio-pretense P&F Products and Features, empresa austríaca, sediada em Viena e com unidades no Brasil, Alemanha, Portugal e Espanha. O dispositivo foi implantado pela equipe do IMC na região da veias cavas inferior e superior do coração, em procedimento que durou cerca de 40 minutos.
A prótese restabeleceu o fluxo normal de sangue, que estava comprometido pelo mau funcionamento da válvula tricúspide, com graves consequências. “Este problema causava insuficiência do lado direito do coração, resultando em inchaço das pernas, retenção de líquido dentro da barriga e graves danos a órgãos como pulmões e fígado”, explica Garzon. “Ela vivia cansada e corria grave risco”, completa.
SOBRE O IMC
O Instituto de Moléstias Cardiovasculares é referência no interior paulista no atendimento e tratamento de pacientes com problemas e doenças cardíacas e vasculares, como também no ensino e pesquisa, sendo formador de centenas de médicos e na condução de estudos nacionais e internacionais ao longo de mais de cinco décadas.
O IMC possui aproximadamente 100 médicos renomados e mais de 400 profissionais de outras áreas da saúde e de apoio. Realiza em torno de 3 mil consultas mensais e 310 mil exames ao ano, em pacientes provenientes de vários estados.
Além disso, possui hospital estruturado com centro cirúrgico, UTI com 9 leitos e enfermaria com 22 leitos. Embora a sigla IMC esteja associada à cardiologia, hoje o instituto possui outras diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, entre elas: Ortopedia, Cirurgia Geral, Urologia, Nefrologia, Hematologia, Endocrinologia, Cirurgia Plástica e outras.
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