Médicos da saúde pública criticam atrasos salariais
Foto: Reprodução/Site - Diretoria do Mahatma Gandhi reafirmou empenho em restabelecer a estabilidade
Profissionais cobraram pagamento imediato e plano que assegure solução para o caso
Por Guilherme Gandini | 15 de novembro, 2025

Médicos e demais profissionais das unidades de saúde de Catanduva divulgaram nota de repúdio em que denunciam a “sistemática desorganização, flagrante descaso e inaceitáveis e recorrentes atrasos salariais” ocorridos na gestão da saúde pública municipal, com críticas à administração municipal e ao Hospital Mahatma Gandhi, cogestor da rede de atenção básica.

De acordo com o manifesto, o vencimento salarial referente ao mês de outubro, com data prevista para 10 de novembro, não foi honrado de forma integral até a última quinta-feira, dia 13 de novembro. “Diante das reiteradas cobranças, fomos confrontados com respostas evasivas e uma inaceitável transferência de responsabilidades entre a Prefeitura Municipal e a nova diretoria da Organização Social Mahatma”, critica o texto.

Conforme o relato, houve pagamento parcial em 12 de novembro, deixando número significativo de profissionais sem seus devidos proventos.

“Tal conduta configura grave violação de direitos trabalhistas e contratuais. A persistência dessa instabilidade contratual, a manifesta falta de comprometimento e a ausência de comunicação oficial e transparente por parte dos gestores têm gerado um quadro de profunda angústia, insegurança e severos prejuízos financeiros não apenas à classe médica, mas a todos os trabalhadores da rede pública de saúde”, afirmam.

Diante da gravidade dos fatos e em defesa dos direitos fundamentais dos trabalhadores e da população, os profissionais de saúde exigiram na nota pública o pagamento imediato de todos os salários e proventos em atraso; a comunicação transparente e efetiva, a implementação urgente de medidas eficazes para reestruturar a gestão da saúde municipal, e garantias de não reincidência, com apresentação de plano formal que assegure solução e responsabilização.

“O cumprimento de nossos compromissos financeiros é um direito e uma necessidade inadiável, e a omissão dos gestores não apenas desrespeita os trabalhadores, mas também fragiliza o sistema de saúde como um todo, em detrimento do bem-estar da coletividade”, salientam.

Mahatma Gandhi diz que prioridade é regularizar pagamentos

O Hospital Mahatma Gandhi afirmou à reportagem de O Regional, em nota, que “reconhece a gravidade das situações relatadas e compreende plenamente a preocupação e a indignação manifestadas pelos profissionais de saúde”. E afirmou que todos os esforços estão concentrados para “regularizar integralmente os pagamentos pendentes e sanar as dificuldades apontadas”.

“O momento atual é marcado por uma transição administrativa entre o período de intervenção e a nova diretoria da Organização Social, processo que tem demandado ajustes operacionais, administrativos e financeiros. Mesmo diante destes desafios, a prioridade absoluta tem sido garantir a continuidade dos serviços e o respeito aos direitos de todos os profissionais”, indicou.

Respondendo itens do manifesto, a nova diretoria do hospital se comprometeu a ampliar a transparência e aprimorar os canais de comunicação, e reafirmou “sua responsabilidade e empenho em restabelecer a estabilidade contratual, a organização administrativa e a confiança de todos os profissionais”, de modo a evitar a reincidência de situações semelhantes.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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