Manzano defende audiência pública sobre revisão do IPTU
Foto: O Regional - Fabio Manzano encaminhou ofício à prefeitura pedindo audiência pública
Presidente da ACE também afirmou que estudo da prefeitura visa à arrecadação
Por Guilherme Gandini | 01 de outubro, 2025

O advogado Fabio Rinaldi Manzano, presidente da ACE – Associação Comercial e Empresarial de Catanduva, participou ontem da série de entrevistas das rádios Vox FM e Vida FM sobre o possível aumento do IPTU da cidade. Ele relembrou as etapas do processo, desde quando estudo relacionado ao tema foi apresentado à OAB, que destrinchou a proposta e apontou problemas.

“A OAB se debruçou na avaliação de qual seria o impacto no bolso do cidadão catanduvense, mas também se a forma, o formato de se fazer isso estava condizente”, lembrou Manzano.

Diante das dúvidas sobre o tema, ele relatou que a ACE encaminhou ofício à Prefeitura de Catanduva pedindo a realização de reuniões ou audiência pública para discutir a questão. “É o que precisa, a população precisa saber o que está acontecendo”, frisou ele, lamentando que a reposta, escrita a próprio punho, contestava a necessidade de audiência pública.

Manzano explicou que, sem ter um projeto de lei concreto para ser analisado, já que ele não foi apresentado pela prefeitura, foi analisado então o estudo contratado pelo poder público para revisão da Planta Genérica de Valores, que dá base para o cálculo do IPTU. O material traçava quatro cenários possíveis, sendo que o mais brando previa aumento médio de 54%.

“Partiu-se de uma premissa errada. Você não parte da premissa de que hoje se lança R$ 85 milhões e arrecada-se R$ 74 milhões, então vamos pegar esses mesmos valores, ver quem paga demais e abaixar, ver quem paga a menos e aumentar, não foi essa a premissa. Partiu-se da visão da Secretaria de Finanças visando à arrecadação, e aí surgiu toda essa discussão”, resumiu.

E criticou: “A troco de quê? A troco do desemprego, a troco de empresas não procurarem Catanduva, a troco da população ser enforcada com tributos?”

Ele reconheceu, porém, que a atual planta de valores possui distorções e situações que beneficiam determinados imóveis ou locais da cidade, além de novos loteamentos que não tiveram suas alíquotas equiparadas com outros de padrão semelhante existentes no município.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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