Manoel Gol de Ouro quer militar nas áreas de esporte, saúde e educação
Vereador eleito com 1.187 votos, ele mantém projeto social na região do Jardim Imperial que atende mais de 400 crianças
Foto: Reprodução - Manoel Gol de Ouro: ‘Se for para a criançada, vou me envolver na política’
Por Guilherme Gandini | 19 de outubro, 2024

Manoel Lima Medrado, o Manoel Gol de Ouro (PL), vereador eleito com 1.187 votos, esteve no V1 Notícias, na Vox FM, para contar sua trajetória de vida e falar sobre projetos futuros. Ele mantém projeto social na região do Jardim Imperial que beneficia mais de 400 crianças e adolescentes, e teve apoio do prefeito Padre Osvaldo (PL) durante a campanha eleitoral.

Das 13 cadeiras da Câmara Municipal, seis foram renovadas para a próxima legislatura, trazendo quatro rostos novos – Pastor Júlio (PSD), David Roger (Novo), Laura Luiza Protetora (Podemos) e Manoel Gol de Ouro, além do ex-vereador Marcos Crippa (PL), que voltará à Casa de Leis, e do médico e ex-deputado federal Dr. Sinval Malheiros (MDB).

Fale sobre você, da sua história e do seu projeto...

É Manoel Gol de Ouro, devido ao nome do projeto que foi fundado lá no ano de 2018. A gente iniciou um trabalho de evangelismo e começamos com 20 crianças e eu não tinha ideia que Deus iria mandar tanta criança pra gente poder cuidar. Eu fiquei conhecido como Manoel Gol de Ouro devido a esse projeto. Sou natural da Bahia, lá de Boa Vista do Tupi, e hoje, com 21 anos de Catanduva, já me considero um catanduvense nato. Nesse projeto hoje a gente atende mais de 400 crianças de 6 a 17 anos. A gente tem várias modalidades: basquete, vôlei, futsal, futebol, atletismo, rugby. A gente já tem outras modalidades esperando para encaixar no projeto.

Você saiu com 20 anos do interior da Bahia e hoje todos os seus irmãos estão em Catanduva. Por que vocês escolheram a cidade?

Nós fomos em dois irmãos. Meu irmão mais velho hoje mora em Diadema. Ele veio, se estruturou em Catanduva, aí ele foi trazendo um de cada vez e eu não fui diferente e vim parar em Catanduva. Hoje tem ele mais outro irmão em São Paulo, mas os demais estão aqui e a gente foi se estruturando. Vim para cá com 20 anos, minha esposa também. Ela é de da região da Bahia, de uma outra região. Conheci ela, a gente noivou, se casou e a gente construiu família aqui.

Vamos falar um pouquinho do projeto social. É uma ideia de evangelizar através do esporte?

O esporte é utilizado como mecanismo de tirar as crianças da rua, de perigos que a sociedade oferece hoje, infelizmente. Mas não só formar atletas, mas formar cidadãos evangelizados. O intuito do projeto é formar cidadão de bem. É lógico que se está se tratando de uma região muito vulneráveis. A gente tem muito talento escondido, mas o nosso grande objetivo é formar cidadão de bem e atrair. Eu sou evangélico, então acredito que para formar cidadão de bem é mediante a ensino da palavra de Deus. Então, todas as quartas-feiras a gente tem esse ensino bíblico, a gente chama de célula, onde a gente une todas as categorias e é onde a gente faz o nosso ensinamento e ensina a essa criança o caminho que deve andar. É lógico que a gente não consegue monitorar todos ao mesmo tempo, mas estamos semeando essa sementinha do bem. Eu acredito que a gente tem transformado vidas ali. É o nosso grande papel.

Hoje você tem uma rede de voluntários?

Quando a gente iniciou lá em 2018, era eu e o João Vitor, o famoso Robinho, muito conhecido ali na região. E como foi aumentando o número de crianças que precisam pedir socorro, precisou aumentar os voluntários. Hoje a gente está com uns dez voluntários, mais ou menos, alguns pais, algumas mães nos dão suporte extra quadra, extra campo, pra gente poder atender essa grande demanda. Atualmente as atividades são na quadra da Escola Coronel José Pedro da Motta.

Por que a decisão de se tornar vereador?

Eu participei do pleito passado, 2020, e tem uma história interessante e digo que eu vim da Bahia por causa da política. Eu colei aí com 18 anos, porque na Bahia a política é totalmente diferente. Lá você tem que vestir a camisa, porque automaticamente você defende o teu prato de comida. Na Bahia a política é a famosa feijoada e aqui em Catanduva é um “miojinho” tranquilo. E depois de 20 anos mais ou menos, eu fui envolvido na política. O projeto já estava com dois anos e ali naquela região nunca apareceu um político pra oferecer uma bola para a criançada. E no período eleitoral, em 2020, começou a surgir pessoas, entrava na quadra chamando pelo nome. Eu nunca tinha visto, lógico já estava com aproximadamente 200 crianças no projeto e, querendo ou não, você atrai o famoso político. Eu atendia todo mundo na simplicidade e humildade. Nunca falei não pra ninguém, porque você não sabe o dia do amanhã. E foi formulando as coisas. E aí recebi um convite: “Por que você não entra na política?”. Falei que não tenho perfil para isso, não é para mim. Ele falou: “Cara, onde você quer chegar com esse projeto?” Eu falei: “Eu também não sei, eu vou até onde Deus permitir”. E aí eu fiquei com aquilo. E falei “Manoel, se você não se envolver na política, o seu projeto não vai sair do lugar”. Aí eu falei: vou ter que dar um passo pra trás. Então vamos lá. Se for para a criançada e melhorias no bairro, vou me envolver na política. Em 2020, acabei me filiando no PV. Na época foi feita a fusão PV e PSDB, e aí viramos todo mundo PSDB, fui para pleito e eu não esperava a quantidade de votos que eu tive na época. Fui muito bem votado, 823 votos, sem nenhum recurso, fiquei maravilhado pela quantidade de votos que eu tive naquela época. Aí eu falei: acho que preciso tentar mais uma vez. E me coloquei a disposição mais uma vez. Então, sou muito grato a essas pessoas que saíram de suas casas em um domingo muito quente e foram depositar o voto de confiança no Manoel.

Além de fortalecer o projeto, você pensa em defender outros temas na Câmara?

Eu acredito que são três pilares: esporte, saúde e educação. Eu vou militar aí nessas três bandeiras que eu acho que é muito essencial para o bem comum.

Quais os principais problemas que você enxerga em Catanduva?

Referente ao meu reduto, que é na região do Jardim Imperial, Nova Catanduva, Gabriel Hernandez, Mutirão. Enquanto a gente militava na rua, pedindo voto, a gente ouvia muito algumas situações voltadas para a saúde, esporte, lazer e educação. Tem muitas outras coisas, situações, porém a gente não consegue abraçar tudo. A gente precisa priorizar algumas situações onde a gente vai militar nessa questão. A cidade de Catanduva é uma cidade muito acolhedora. A cidade tem crescido muito nos últimos anos e aquela região onde eu moro é o que tem crescido demais. Então a gente vai militar ali nessa questão de saúde, esporte, educação pra tentar melhorar o que já é ofertado.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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