Trabalhando há 24 anos em Catanduva, o Major PM Eduardo Ceneviva Berardo, de 50 anos, está assumindo interinamente o comando do 30º Batalhão da Polícia Militar do Interior sediado em Catanduva, com abrangência em mais 15 municípios.
“Eu sirvo aqui desde janeiro de 1998, passei de 24 anos trabalhando no mesmo batalhão. Aqui passei por praticamente todas as funções, pelas operacionais passei por todas. Tenho um imenso carinho pela cidade. A minha intenção inicialmente era servir em São José do Rio Preto, três meses depois que estava aqui, tive a oportunidade de fazer uma permuta com um oficial de Rio Preto para me mudar de Catanduva, mas não quis porque gostei demais da cidade. Os meus filhos nasceram aqui, moro aqui e sou muito feliz em Catanduva”, declarou.
Em entrevista coletiva, ele pediu amor e apoio aos policiais. “Peço para que tratem os nossos policiais com máximo de carinho e consideração. O trabalho policial é duro, sacrificante, pessoas arriscam e, às vezes, perdem a própria vida para proteger vocês. É um trabalho que merece o tratamento mais digno possível. É importante que cada um veja o policial como amigo, como uma pessoa que vai te socorrer no momento de angústia. É muito comum nos Estados Unidos, por exemplo, a população usar a frase ‘thanks for your service’ que significa ‘obrigado pelo seu serviço’, quem sabe um dia teremos oportunidade de ver as pessoas agradecendo ao policial pelo trabalho que ele presta.”
O comandante alerta a população quanto aos furtos de veículos ocorridos no município, principalmente de caminhonetes Hilux e SW4. “Nós temos tido alguns problemas sobre furto de veículo específico. O modelo Hilux e SW4 que é a mesma plataforma, esses veículos têm mostrado segurança frágil. São quadrilhas especializadas, que vêm da região de Ribeirão Preto e nós infelizmente constatamos uma fragilidade terrível no sistema de segurança, porque a filmagem do roubo ocorrido nesta semana mostra que o marginal em menos de 40 segundos abriu o veículo, quebrou o painel e colocou um sistema eletrônico que substitui o que vem integrado na caminhonete e simplesmente vai embora. É um veículo que custa mais de R$ 400 mil e tem sido levado para o Paraguai para ser vendido entre R$ 13 mil e R$ 15 mil. O veículo furtado também é desmontado para ser vendidos como peça.”
Major Berardo traz dicas para os proprietários dos veículos que são alvos de quadrilha. “A polícia está fazendo a sua parte, é importante que os proprietários façam também. Existe um mecanismo, um interruptor que acende e apaga a luz de casa, custa em torno de R$ 25 e pode ser instalado no carro em torno de R$ 40 a R$ 50. A ferramenta é colocada no fio de trás da bateria para o funcionamento do sistema eletrônico do motor, a peça pode ser instalada em qualquer outro lugar embaixo ou por trás do banco, debaixo do painel, em cima do quebra sol, enfim, em qualquer local. Se a peça não for encontrada pelo marginal, é impossível o roubo do veículo. Nós temos contatado todos os proprietários de Hilux e SW4 da nossa região e feito essa orientação.”
Ele pede, ainda, para que munícipes evitem deixar veículos na rua. “Nós tivemos casos de pessoas que tinham acabado de tirar o veículo novo e que não haviam utilizado o mecanismo de proteção orientado e perderam o patrimônio. Obviamente que a polícia faz a sua parte, mas segurança é responsabilidade de todos, então é importante que evitem deixar o veículo na rua e instale a chave de segurança de baixo custo que vai garantir seu patrimônio.”
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