Mais um banco decide reduzir horário dos caixas eletrônicos
Autoatendimento do Banco do Brasil deixará de funcionar à noite e aos finais de semana
Foto: O Regional - Banco do Brasil seguiu Sicredi e reduziu horários, em vez de colocar vigilante
Por Guilherme Gandini | 28 de março, 2023

O Banco do Brasil comunicou aos seus clientes e usuários que a agência localizada na rua Pernambuco permanecerá com caixas eletrônicos fechados de segunda a sexta-feira, após as 18 horas, e de forma integral aos sábados, domingos e feriados. O aviso exibido na unidade faz referência à lei municipal nº 6.195/2021, de autoria do vereador Gordo do Restaurante (PSDB).

A norma aprovada pela Câmara de Catanduva e regulamentada no início de março pelo prefeito Padre Osvaldo (PSDB) exige a presença de um vigilante na área de autoatendimento até as 22 horas, além de um funcionário para realização de limpeza e sanitização dos equipamentos. O descumprimento da lei pode acarretar a aplicação de multa diária de cerca de R$ 7,2 mil.

A decisão do BB vai na mesma linha da adotada, no mês passado, pela agência local da cooperativa Sicredi Noroeste SP, onde os caixas eletrônicos passaram a funcionar apenas de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. A medida foi adotada, naquela ocasião, depois que fiscais da prefeitura autuaram todas as agências da cidade devido ao desrespeito à normativa.

“Essa decisão é descabida e desfavorável aos usuários, porque é inviável para os bancos deixar um vigilante exposto no caixa eletrônico. A única saída encontrada é fechar o atendimento, o que prejudica diretamente a população”, declarou Cleiton Bigoni, gerente geral da agência Sicredi Catanduva, após a decisão. “Na realidade essa lei só prejudicou nossos associados.”

Depois que O Regional abordou o tema e revelou a redução do horário de autoatendimento do Sicredi e a tendência de que outras agências seguissem o mesmo rumo, vereadores criticaram a reportagem e elogiaram a lei proposta por Gordo. “O que custaria aos cofres dos bancos colocar um ou dois vigias para garantir a segurança de seus usuários?”, defendeu ele, na ocasião.

Já o vereador Maurício Gouvea (PSDB) apresentou cálculo que mostrou que, se a fiscalização da lei tivesse se iniciado em 2021, o município já teria R$ 2,5 milhões a receber de cada banco que descumpre o regramento. Ele endossou o apoio à lei municipal, em meio aos discursos dos parlamentares de que os bancos devem oferecer mais segurança aos usuários.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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