Mais 320 empresas fecham as portas em Catanduva em apenas cinco meses
Aquelas que abriram e fecharam dentro do período pesquisado, sobrevivendo poucos meses, aumentaram 540% de 2021 para 2022
Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil - Conforme o Sebrae, não há uma única causa para as empresas quebrarem
Por Guilherme Gandini | 02 de junho, 2022

Os primeiros cinco meses do ano foram cruéis para 320 empresas de Catanduva que decidiram fechar suas portas no período. O número representa aumento de 61% na comparação com a quantidade de dissoluções registradas de janeiro a maio do ano passado: 198. O levantamento é do Jornal O Regional com base em dados da Jucesp, a Junta Comercial do Estado de São Paulo.  

Trata-se, também, do índice mais alto de fechamento dos últimos 10 anos, período pesquisado pela reportagem. Em 2020, por exemplo, primeiro ano da pandemia, 181 empresas encerraram suas atividades nos primeiros cinco meses. Um ano antes, em 2019, foram 312, seguindo com 279 (2018), 275 (2017), 236 (2016), 161 (2015), 139 (2014) e, finalmente, 133 (2013).  

Outro índice apurado pela reportagem foi o de empresas que abriram e fecharam suas portas dentro dos cinco meses da pesquisa, não atingindo, portanto, nem mesmo um semestre de vida. Em 2021, foram cinco estabelecimentos que enfrentaram essa situação; já este ano, segundo a Jucesp, o número de mortes precoces passou para 32, representando aumento de 540%.  

Apesar do maior número de empresas fechadas em cinco meses e da alta dos fechamentos em poucos meses de atuação, a abertura de novos negócios também cresceu no período, ainda que de forma tímida na comparação entre 2021 e 2022. De janeiro a maio do ano passado, foram constituídas 1.074 empresas na cidade, ao passo que este ano foram 1.093 – alta de 1,7%.  

Conforme divulgação feita pelo Sebrae, não há uma única causa para as empresas quebrarem. No entanto, é possível destacar quatro principais áreas: situação do empresário antes da abertura, que muitas vezes empreende por necessidade; falta de planejamento dos negócios; falta de capacitação em gestão empresarial; além dos problemas da gestão do negócio em si.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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