Mãe de criança autista relata experiência com o ‘cordão de girassol’
Roseli Batista afirma que item foi essencial no tratamento que seu filho Miguel recebeu durante visita a atrações infantis
Crédito: Arquivo Pessoal - Roseli e Miguel tiveram experiências positivas com uso do cordão em parques infantis
Por Stella Vicente | 06 de agosto, 2023

Roseli Batista é ativista e também responsável pelo setor de Relações Públicas e Organização do grupo de mães TEApoio, que atua em Catanduva. O movimento tem como objetivo lutar pelos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Recentemente, ela teve experiência positiva com seu filho Miguel, de 8 anos, diagnosticado com TEA, e passou a compartilhar a história.

Ela conta que, nas férias, resolveu levá-lo até a capital, São Paulo, para realizar diversos passeios. Dentre eles, escolheu o Parque da Mônica, que segundo Roseli já é conhecido pelos protocolos de atenção à comunidade autista. Chegando lá, Miguel ganhou o chamado “colar de girassol”, cujo objetivo é despertar empatia para quem tem limitações advindas de deficiências ocultas.

Roseli relata que, na ocasião, prontamente retirou o outro cordão que Miguel usava, o de quebra-cabeça, que o identificava como uma criança autista, substituindo-o.

“Nos 12 dias que se seguiram eu usava [o colar de girassol] no Miguel constantemente. Esse cordão fez a grande diferença nos lugares e espaços que nós fomos, que são direcionados à diversão das crianças. Ao adentrarmos qualquer lugar, os atendentes prontamente o identificavam como uma pessoa com deficiência. Alguns perguntaram qual seria, mas em todos não houve necessidade de apresentação de laudo, CipTEA (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista) ou qualquer documento que comprovasse autismo no meu filho”, afirma Roseli.

A mãe de Miguel busca compartilhar a experiência pessoal com outros pais e mães de crianças com deficiência a fim de ajudá-los com a dica, essencial para que a experiência de seu filho fosse alegre e tranquila.

Ela destaca ainda o atendimento na Neo Química Arena. “O que a gente vem lutando, buscando e fazendo a sociedade ter conhecimento sobre respeito, inclusão, humanização e até mesmo a dose boa de carinho, teve em todos os lugares. E na arena do Corinthians foi incrível, desde o momento que entramos até a hora que saímos na finalização do jogo, meu filho foi visto como único”, descreve.

COMO ADQUIRIR O CORDÃO

A lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), instituiu o uso do cordão de fita com desenhos de girassóis para a identificação de pessoas com deficiências ocultas. Os cordões podem ser adquiridos diretamente pela internet. Roseli indica o site https://hdsunflower.com/br/ e também o https://www.inclusaoemacao.com.br/, sendo que neste último o procedimento é mais rápido.

Apesar da experiência de Roseli, que conta não ter sido solicitado qualquer outro documento que comprovasse a deficiência de Miguel nos lugares onde eles estiveram na capital paulista, a legislação prevê que a utilização do símbolo não dispensa a apresentação de documento comprobatório da deficiência, caso seja solicitado pelo atendente ou pela autoridade competente.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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