Macchione critica possível empréstimo pela prefeitura
Foto: O Regional - Macchione disse que tem direcionado seus esforços às empresas da família
Ex-prefeito disse considerar financiamento desnecessário e que investimentos poderiam ser feitos aos poucos
Por Guilherme Gandini | 24 de abril, 2025

O empresário e ex-prefeito Afonso Macchione Neto esteve nas rádios Vox FM e Vida FM, nesta quarta-feira, 23, para entrevistas que abordaram sua atuação empresarial e análise do cenário político atual. Nas eleições municipais do ano passado, ele apoiou o candidato Ricardo Rebelato na disputa pelo cargo de prefeito, colocando-se como oposição ao prefeito Padre Osvaldo.

Durante o bate-papo, Macchione afirmou ser difícil indicar pontos positivos sobre a atual gestão. “É um governo muito mais voltado para festa, para lazer, do que propriamente para cuidar da infraestrutura da cidade”, disse ele, em meio a críticas à demora para conclusão do pronto atendimento do Gabriel Hernandez e da reforma da piscina do Conjunto Esportivo Anuar Pachá.

Macchione também criticou o possível empréstimo que será assumido por Padre Osvaldo, no teto de R$ 100 milhões, conforme projeto aprovado pela Câmara de Vereadores. Em sua visão, o investimento em recape asfáltico e aquisição de veículos, como previsto, poderia ser feito ao longo dos anos, sem a necessidade do financiamento de altos valores.

“Uma coisa é você pegar um empréstimo para fazer alguma coisa grande. Falar não vamos conseguir juntar recursos, precisamos de um montante para fazer determinada situação, como foi a época que procuramos o BID para fazer o tratamento do esgoto. Depois conseguimos o PAC e aí o dinheiro do BID, como já estava certo, usamos para fazer os parques”, comparou.

Ele lembrou que, em seu mandato, foram adquiridos mais de 50 ônibus e vans escolares com recursos próprios – e que parte dessa frota ainda está circulando atualmente. Citou, ainda, a aquisição da antiga AABB, do prédio da Secretaria de Saúde e de áreas desapropriadas para abertura de avenidas. “Sou contra esse empréstimo, acho que não tem necessidade dele.”

Questionado sobre qual seu principal legado para a cidade, Macchione apontou o tratamento do esgoto, mas afirmou que a drenagem urbana das águas pluviais e a estruturação da Saec, com abertura de novos poços de captação de água e automação do sistema, foram importantes. “Nós pensamos no futuro da cidade. Tudo isso me deixa muito feliz. Eu fiz, ajudei, contribuí.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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