Luciano Bugatti critica terceirizações: ‘carrapato maior do que a vaca’
Pré-candidato a prefeito disse que cidade está encolhendo e defendeu atração de empresas
Foto: Reprodução - Luciano Bugatti faz primeira incursão na política, colocando-se como novidade
Por Guilherme Gandini | 05 de abril, 2024

Terceiro participante da série de entrevistas da rádio Vox FM e de O Regional com os pré-candidatos a prefeito de Catanduva, o comerciante Luciano Bugatti, do União Brasil, criticou o excesso de terceirizações do atual governo. Ele usou uma expressão popular que vem repetindo nas redes sociais para ilustrar o cenário: “o carrapato está ficando maior do que a vaca”.

“Basta saber o número de terceirizações que a prefeitura tem. A vaca é a prefeitura e o carrapato está ficando maior que ela. Quem depende da prefeitura nas terceirizações está ficando maior; analise tudo que os terceiros que passaram por ali têm e vê o que a prefeitura tem hoje”, disse.

Ele afirmou que, em eventual mandato, analisaria os contratos um a um, para manter apenas os viáveis. E ironizou: “Nós temos hoje uma luz de péssima qualidade. O passarinho do poste da minha casa até conhece o cara que vai trocar a luz lá a cada três semanas, porque ela queima.”

Bugatti lembrou que, no bairro Nova Catanduva 3, há trecho de cerca de três quilômetros sem energia elétrica. “Que concessão é essa? Você tem que pegar essa concessão, analisar item por item, e não ter medo. Vamos pôr um cara técnico e falar o que está errado.”

Depois, direcionou os disparos para a concessão do transporte coletivo. “Como que pode 20 ônibus com a situação que está? Não chegando no lugar certo, na hora certa, quebrando, sem ar condicionado, uma empresa que ninguém chama para conversar, ônibus andando com quatro pessoas, não rodando à noite e nem de fim de semana”, reclamou o pré-candidato.

Sua proposta seria utilizar micro-ônibus para reduzir o tempo de trajeto. “Isso vai ser um incentivo para a pessoa largar o carro em casa e passar a andar de ônibus. Essa empresa tem que trabalhar de acordo com o que a cidade precisa, senão vai ser analisado o contrato e parar.”

O comerciante disse que falta coragem do atual gestor, o prefeito Padre Osvaldo, para mexer com essas questões. Por outro lado, defendeu a valorização do funcionalismo público, em detrimento das terceirizadas, dizendo que há funcionários capacitados em diversas áreas.

“Esse número de terceirização que tem aí nós precisamos tirar. Temos que tapar o ralo para que sobre dinheiro. Tem que ter uma baixa de gente enorme, não dos funcionários públicos, esses são quem toca a prefeitura. A prefeitura anda sozinha, nós vamos entrar lá para mudar alguma coisa para o bem e muitos entram para se beneficiar. A prefeitura é uma Ferrari sem motorista.”

ENCOLHIMENTO

Para Luciano Bugatti, Catanduva vem diminuindo gradualmente. “Nós observamos a diminuição durante o passar dos anos. Como filho de Catanduva, nós temos que mudar enquanto nós estamos aqui para deixar um legado e uma história para os nossos filhos. Eu tenho uma história aqui, eu conheço os detalhes da cidade, a população e a minha ideia imediata, pois temos que agir hoje, é começar uma plataforma para trazer empresas, fazer um distrito industrial à altura do novo mundo, para que essas empresas se sintam convidadas a estar em nossa cidade.”

Ele disse que uma das formas de atrair as empresas é com isenções de impostos. “Para que a nossa população esteja empregada e esse dinheiro passe a girar dentro do comércio”.

“Hoje nós estamos sem a nossa família, porque está indo todo mundo embora. O seu filho, a sua filha, está todo mundo indo embora, porque não tem trabalho, não tem o que fazer. A minha ideia é trazer empresas e chamar as empresas que estão hoje e também dar incentivo de impostos para elas para que possam gerar mais empregos e a cidade voltar a ter um fôlego.”

HOSPITAL MUNICIPAL

Uma das ideias lançadas por Bugatti foi a construção de um hospital municipal, com recursos obtidos junto aos governos estadual e federal. Ele afirmou que, atualmente, a UPA está sufocada e que também é necessário abrir outro ponto de atendimento semelhante para desafogá-la.

“Com a Covid, muita gente deixou de pagar o plano de saúde, o poder aquisitivo nosso diminuiu. A pessoa está recorrendo ao UPA e aos postinhos de saúde. Ficou sufocado. Imediatamente temos que abrir outro UPA e e trazer de imediato um hospital municipal com ala para criança.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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