Os empresários Ricardo Rebelato (PP), João César Moraes (PL) e Omar Osório (PL), representantes da direita de Catanduva, convocaram coletiva de imprensa na sexta-feira, 26, para manifestar indignação com a migração do prefeito Padre Osvaldo do PSDB, pelo qual foi eleito, para o PL, o Partido Liberal, que tem como principal nome o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eles relataram que a articulação teria sido motivada por desespero do atual prefeito e do grupo Vinholi. “É mais uma vez o tapetão do (Marco) Vinholi, que foi passado num encontro de 42 cidades, que o Vinholi levou ao Valdemar (Costa Neto) para conseguir o partido. Eles estão passando mais uma vez o tapetão em Catanduva por querer o poder”, acusou Rebelato.
Ele disse, ainda, que Padre Osvaldo não ajudou o ex-presidente Bolsonaro nas campanhas anteriores a obter votos na região, como ele próprio, Rebelato, fez. “Ele fez de última hora porque já sabia que o Tarcísio (de Freitas, governador) ia ganhar. Nada além disso”, alfinetou.
O grupo afirmou que não atuará ao lado de Padre Osvaldo e seus parceiros, mesmo com sua ida ao PL. “Defendendo as cores do PL e do Jair Bolsonaro, temos grandes nomes dentro do PL, me sinto representado. Em Catanduva, na campanha do ano passado, tinha o prefeito carregando o Rodrigo Garcia no colo e falando do Alckmin e do Lula”, criticou João Cesar Moraes.
A escolha da cúpula do partido foi entendida como um equívoco motivado pelo fato de terem faltado informações reais. O cenário também foi apontado por eles como passível de mudança até os prazos eleitorais, sobretudo devido à suposta rejeição de Padre Osvaldo pela população.
Moraes aproveitou a discussão relacionada ao aumento do número de vereadores e dos salários dos agentes políticos, para cobrar posicionamento do prefeito. “Tem a chance de vetar. O senhor tem que começar por aí. Já que como representante do PL na cidade, comece a honrar o partido”.
Questionado pelo jornal O Regional, o trio confirmou que, na visão deles, a mudança de partido seria uma tentativa de vincular a imagem aos pilares do PL, ao governador Tarcísio e a Bolsonaro. Eles afirmaram que estão analisando convites de outros partidos de olho nas eleições de 2024.
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