O Teatro Municipal Aniz Pachá recebeu pela primeira vez um júri simulado do curso de Direito da Unifipa, na última terça-feira, 30. A atividade, gratuita e aberta ao público, reuniu acadêmicos do 4º ano, que encenaram um julgamento inspirado em um caso real envolvendo suposta tentativa de feminicídio e omissão de socorro.
Coordenado pelo professor José Guilherme Silva Augusto, o simulado reproduziu todas as etapas de um processo penal. Alunos atuaram como juiz, promotores, defensores, réu, testemunhas, jurados e oficiais de justiça.
“A atividade utiliza a estrutura de um caso real, com inquérito, denúncia e defesa, para que os alunos criem estratégias e conduzam o julgamento em ambiente acadêmico. A simulação visa aproximar os alunos da vivência prática na área penal, de modo que possam desenvolver suas habilidades e descobrir as suas preferências, dentro do campo da ciência jurídica”, explicou o docente.
O caso encenado partiu da denúncia de uma mulher que afirmava viver sob ameaças do marido. Após ingerir grande quantidade de medicamentos em uma tentativa de suicídio, a vítima alega ter sido deixada sem socorro pelo companheiro. A missão era das defesas e acusações convencerem os jurados sobre absolvição ou condenação do réu, às luzes da lei penal.
Para o estudante Felipe Herrera Matheus, que integrou a defesa do réu, a atividade foi decisiva para o aprendizado. “Foi uma experiência imprescindível, que fortalece a carreira profissional, principalmente no desenvolvimento do poder de argumentação. Nosso papel foi mostrar aos jurados alternativas para absolvição, deixando de lado a emoção e focando nos aspectos jurídicos”, afirmou.
A acadêmica Laura Scarparo, que desempenhou o papel de juíza, destacou a oportunidade de vivenciar de perto o funcionamento do Judiciário. “Conseguimos viver, na prática, cargos que almejamos exercer no futuro. Não apenas assistimos, mas participamos ativamente. É uma experiência surreal”, relatou.
SENTENÇA E PÚBLICO
Assim como em um tribunal real, os jurados deliberaram e anunciaram o veredito. A juíza leu a sentença em plenário: o réu foi condenado por omissão de socorro, mas absolvido da acusação de tentativa de feminicídio. A atividade foi assistida por alunos da Unifipa, estudantes do Ensino Médio e de outras instituições.
Para o coordenador do curso de Direito, Dr. Luiz Rossi, abrir o júri ao público foi um acerto. “Essa iniciativa desperta nos estudantes o interesse pelo universo jurídico e pela prática profissional”, avaliou.
ONG Prateleira Solidária faz oficina sobre folclore brasileiro
O curso de Pedagogia da Unifipa realizou o projeto de extensão ‘Oficina Pedagógica: Folclore Brasileiro’ com crianças atendidas pela ONG Prateleira Solidária. A ação, realizada no início de setembro, fez parte da disciplina Laboratório de Práticas Pedagógicas e Vivências Extensionistas: Infância e suas Linguagens, sob coordenação da professora Leiriani Abreu.
A oficina representou o resultado das atividades teóricas e práticas desenvolvidas no laboratório, nas quais estudantes do 1º ano do curso planejaram e construíram materiais pedagógicos voltados para a valorização do folclore brasileiro. As atividades incluíram contação de histórias e participação das crianças em quatro estações temáticas: Bumba meu boi, Iara, Boitatá e Brincadeiras populares.
Ao todo, 40 crianças participaram da iniciativa, que se caracterizou como importante ação extensionista do curso junto à comunidade atendida pela ONG. De acordo com a coordenadora do curso de Pedagogia, Profa. Dra. Maria Silvia Azarite Salomão, a proposta buscou articular ensino, pesquisa e extensão, reforçando o compromisso social da instituição.
Também acompanharam a atividade a presidente da Prateleira Solidária, Aline Martins Teixeira, a assistente social Hellen José da Silva e a psicóloga Janaine Galdino Benedette
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