Com Agência Brasil
O Instituto Federal de São Paulo – Campus Catanduva confirmou nesta segunda-feira, 17, que o movimento grevista foi finalizado na unidade. Depois de assembleia realizada pelos servidores para analisar as propostas apresentadas na semana passada pelo Governo Federal, foi deliberado pelo aceite dos termos e confirmado o encerramento da greve.
Com isso, as atividades do campus Catanduva retornam ao normal nesta terça-feira, 18 de junho. “A partir deste momento será reorganizado o calendário para que sejam feitas as reposições necessárias. Os estudantes não terão prejuízo em relação à carga horária ou conteúdo nas disciplinas. Tudo será reposto”, confirmou o diretor geral Marcelo Velloso Heeren.
As tratativas entre o comando de greve e o governo avançaram na mesa de negociação da sexta-feira, em que participaram o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Sindicato dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinafese) e Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos (Fasubra).
O comando nacional da greve dos professores universitários, ligado ao Andes, solicitou que os docentes façam assembleias locais até sexta-feira, 21, para avaliação das propostas apresentadas pelo governo federal. As respostas irão subsidiar reunião que ocorrerá no fim de semana, em Brasília. Segundo o sindicato, a greve iniciada em abril ocorre em 64 das 69 universidades.
Em texto aos professores, o comando informa os pontos da proposta à categoria: recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais; implementação de reajuste de benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche), “apesar de ainda não haver equiparação com os benefícios dos demais poderes”; e elevação do aumento linear oferecido até 2026 "de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026".
PROPOSTA DO GOVERNO
De acordo com o Governo Federal, com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) ressaltou que o governo melhorou a oferta em todos os cenários e que os professores terão aumento acima da inflação estimada em 15% entre 2023 e 2026.
A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Somado ao reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal no ano passado, o aumento total chegaria a 21,5% no acumulado de quatro anos.
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