Hospital de Rio Preto faz cirurgia no cérebro com paciente acordada
Procedimento é indicado para pacientes que têm tumor no lado direito do cérebro, área responsável pela fala ou motricidade
Foto: DIVULGAÇÃO - Ricardo Caramanti (à esquerda) e Matheus Laurenti, com a paciente Sueli
Por Da Reportagem Local | 05 de maio, 2022
 

O Austa Hospital, de São José do Rio Preto, realizou uma cirurgia de última geração no cérebro de uma paciente de 52 anos com o objetivo de evitar sequelas motoras e preservar os movimentos de braços e mãos, risco inerente a este tipo de procedimento. Para isso, a paciente mexeu as mãos e braços e descreveu figuras mostradas pelos médicos enquanto operavam o cérebro. Na manhã desta quarta-feira, 4 de maio, a paciente Sueli Vieira de Souza recebeu alta hospitalar e irá prosseguir com o tratamento em casa. 

A cirurgia, chamada de Awake (acordado em inglês), foi realizada na última quinta-feira (28 de abril). Este procedimento é indicado para pacientes que têm o tumor no lado direito do cérebro, área responsável pela fala ou a motricidade de braços e pernas. Para evitar que o ato cirúrgico resulte no comprometimento da fala ou dos movimentos, a equipe médica do Austa Hospital pede que a paciente mexa mãos e braços e fale o que vê para ter certeza de que não haverá sequelas. 

“Esta cirurgia é um procedimento muito avançado, minimamente invasivo e que dá segurança a nós e ao paciente de que, ao tratar do tumor, não causaremos danos ao funcionamento do corpo”, ressalta Ricardo Caramanti, neurocirurgião oncológico do Austa Hospital. Para ser possível este procedimento, a equipe médica conta com equipamentos modernos como eletrodos e aspiradores inteligentes que permitem localizar a área exata do cérebro que comanda braços ou a fala. 

Antes de iniciar a cirurgia, a paciente recebe anestesia geral, permanecendo desacordada durante o tempo pré-estabelecido pela equipe médica até o momento em que precisa ser desperta. Ela então recebe anestesia local, que atua somente na região da cabeça que está sendo operada, permitindo que movimento braços e mãos ao comando dos médicos. “Não há qualquer desconforto à paciente, pois o cérebro não possui terminações nervosas de captação de dor, sendo possível fazer os testes e, em seguida, retirar o tumor sem riscos a ela”, explica o neurocirurgião. 

“Felizmente, deu tudo certo e estou muito bem. Como eu esperava, foi uma cirurgia bem tranquila, realizada com muita segurança. Tinha confiança total na equipe do Austa Hospital e ela me correspondeu totalmente”, afirmou Sueli, minutos antes de deixar a instituição. 

 

 

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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