O Hospital de Base de Rio Preto realizou o transplante de rim número 2.000, no final do mês de maio, o que reforça a condição do serviço como um dos principais e mais bem estruturados do Brasil. Apenas 12 instituições de saúde chegaram a 2.000 procedimentos do tipo no país, sendo que, destas, somente três são do interior – Rio Preto, Campinas e Blumenau/SC.
“Mais do que um número, significa que salvamos e melhoramos muito a qualidade de vida destas milhares de pessoas, o que recompensa todo o empenho e profissionalismo de nossa equipe multiprofissional”, afirmou o médico nefrologista Mário Abbud Filho, diretor do Centro Interdepartamental de Transplantes de Órgãos e Tecidos (Cintrans) do Hospital de Base/Famerp.
O transplante de rim 2.000 foi realizado, no dia 25 de maio, em Jorselino Souza Santos, de 47 anos, morador de Rio Preto. Ele recebeu alta na tarde da última quarta-feira, 12 de junho.
O urologista e cirurgião Pedro Francisco Ferraz de Arruda, responsável pela Cirurgia do Transplante Renal do HB, destaca que os 2.000 transplantes confirmam a excelência do serviço. “Temos quatro cirurgiões, além de uma grande equipe multidisciplinar que permite realizar este grande número de procedimentos. Somos referência não só para nossa região, mas também para Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e demais Estados próximos”, afirma.
MAIS DO QUE O DOBRO
O Hospital de Base não se destaca nacionalmente apenas pelos 2.000 procedimentos. O serviço realiza 56 transplantes de rim por milhão de habitantes, mais do que o dobro da média do país, de 23,8 procedimentos por milhão. No ano passado, a equipe do HB transplantou órgãos em 124 pacientes da região noroeste do Estado.
“Se nossa região fosse um Estado, seríamos os primeiros do Brasil. E se fôssemos um país, estaríamos no mundo atrás apenas do Estados Unidos (78 transplantes por milhão) e Espanha (72/milhão)”, ressalta Mario Abbud Filho.
Com os 56 transplantes por milhão, Rio Preto também apresenta resultado 30% maior do que a média do Estado de São Paulo, de 43 procedimentos/milhão, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), de 2023.
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