No mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Hospital de Base (HB) de Rio Preto adquiriu e já utiliza um novo e moderno equipamento de exames de mamografia, o Hologic 3Dimension. Com precisão 65% maior que os dispositivos convencionais, este é o primeiro aparelho do noroeste paulista disponível a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além da maior precisão, o Hologic 3Dimension oferece mais conforto aos pacientes durante o exame, pois a base onde a mama é apoiada é curva, similar ao formato da mama, em vez da superfície reta existente nos aparelhos anteriores.
Segundo a coordenadora do serviço de mamografia, a mastologista Silvia Perea, a precisão se dá pelo tipo de imagem capturada pelo aparelho. “Ele faz uma tomografia da mama em três dimensões, permitindo que o médico dê um diagnóstico mais rigoroso e precoce. Na mamografia convencional, são feitas apenas duas imagens, em apenas duas dimensões”, afirma.
Nos casos em que há indícios, o Hologic 3Dimension permite que um dispositivo seja acoplado, para realização de biópsia. “A paciente fica confortavelmente sentada e realiza uma biopsia com muito mais precisão e agilidade. Esses dois fatores são essenciais na identificação para tratamento do câncer de mama”, completa.
Outro destaque é a menor incidência de radiação. “Conseguimos também trazer mais qualidade de vida para nossas colaboradoras, que se dedicam em oferecer um atendimento seguro e de qualidade a todas as pacientes do hospital”, afirma a diretora administrativa do HB, Amália Tieco.
O câncer de mama é a principal causa de morte entre as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o ideal é que a mamografia comece a ser realizada anualmente, em mulheres, a partir dos 40 anos. Para aquelas que possuem histórico familiar de câncer de mama, a indicação é que esse acompanhamento comece aos 35 anos.
A farmacêutica Josileni Marques de Carvalho, de 41 anos, já realizou sua mamografia no novo aparelho. Essa foi a segunda vez que ela fez o exame. “No ano passado passei pelo aparelho antigo e, neste, percebi uma mudança evidente. Ele é mais anatômico, deixa a execução do exame mais confortável”, afirma.
Mesmo sem histórico familiar, Josileni possui pequenos cistos bilaterais, que demandam acompanhamento. “Ano passado completei 40 anos e, conforme protocolo, comecei a mamografia. De um ano para outro tudo pode acontecer, então temos que nos cuidar para que, caso alguma doença apareça, o tratamento comece o quanto antes”, completa a paciente.
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