A série “Superação em Ação” do programa Domingo Espetacular, da Record TV, vai contar neste domingo, dia 2, a história do jovem Patrick Santos, que foi registrada pela primeira vez pelo jornal O Regional em janeiro do ano passado. Ele perdeu todos os movimentos do corpo da noite para o dia, sendo diagnosticado como portador da síndrome de Guillain-Barré, doença grave e rara.
Nas redes sociais, o jornalístico da Record TV frisa que “Patrick não estava disposto a se render” e já antecipa que ele conseguiu se recuperar. A superação e apoio familiar são pontos que se destacam na história do jovem, que vive em um motorhome com os pais. Ligados à Igreja Assembleia de Deus – Ministério de Catanduva, eles cumprem agenda evangelística Brasil afora.
A vida de Patrick mudou no dia 31 de agosto de 2020, quando ele abriu os olhos, ao amanhecer, e descobriu que não conseguia se mexer. Na noite anterior, aniversário de sua mãe Eliandres Ramos de Oliveira, ele celebrou normalmente. A família estava em Breves, na Ilha do Marajó, no Estado do Pará, e se preparava para uma viagem de balsa de 18 horas até Belém.
Sem conseguir fazer qualquer movimento, Patrick foi levado à UPA, onde aguardou leito para o hospital regional e, depois, precisou ser transferido por helicóptero dotado de UTI à capital.
“Era um momento difícil, o país inteiro parado por causa da pandemia e o Patrick naquela situação, todo paralisado. E precisava da vacina imunoglobulina, que naquele momento seria algo impossível. Foi uma luta grande, conseguimos a aeronave, transportamos ele para Belém. Meu esposo ficou em Breves, pois tinha que colocar o ônibus na balsa”, lembra Eliandres.
O veículo de grande porte, um ônibus-palco, é moradia e meio de trabalho da família até hoje. Ele é conduzido pelo pastor Paulo Ramos de Oliveira, que faz missões religiosas pelo país.
Patrick foi diagnosticado com a síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune grave e rara, em que o sistema imunológico passa a atacar as células nervosas, levando à inflamação nos nervos periféricos e da espinha dorsal. A internação no 6º andar do Hospital Ophir Loyola durou um mês. Foi aplicada imunoglobulina intravenosa cinco dias seguidos, 20 doses ao todo.
RECUPERAÇÃO
Após a alta, os neurologistas afirmaram que, dali para frente, o tratamento seria fisioterápico. O jovem ficou seis meses acamado, sem mexer nada, lutando pela reabilitação. Com quase 1,80m de altura, a dificuldade era igualmente grande. “Foi muita perseverança dele e fé, mesmo naquele momento tão difícil, não perdemos a fé que ele voltaria a andar”, diz Eliandres.
Um amigo de Castanhal, no Pará, abriu as portas de sua casa para a família. “A gente ficou todo esse tempo lá com eles, na fazenda, porque a gente mora dentro do ônibus e não tinha condição de cuidar do Patrick naquela situação.” O jovem continuou sendo acompanhado em Belém. Foram longos meses de luta, fisioterapia e muito esforço até a alta, em dezembro de 2021.
Eliandres diz que a experiência foi terrível, mas que, hoje, ver o filho recuperado, andando, é motivo de alegria. “Ele teve que aprender tudo de novo, escovar o dente, pentear o cabelo, se vestir, e hoje ver ele assim parece um sonho, parece que tudo isso não foi realidade, Graças a Deus estamos de pé, a gente olha pra trás e vê que nossa história valeu muito a pena.”
REPERCUSSÃO
Depois que o caso foi retratado pelo jornal O Regional, no dia 20 de janeiro de 2022, chamou a atenção das mídias regionais, como as afiliadas da Globo, SBT e Record TV, e deve ganhar exposição nacional pela Record TV esta noite. Atualmente, a família mora em Catanduva e continua com a obra religiosa. Patrick cursa Gestão da Tecnologia da Informação na Fatec.
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