Hematologista fala sobre acolhimento a quem aguarda por medula óssea
Carlos Maluf Homsi diz que é fundamental que a pessoa receba cuidados profissionais e apoio de familiares e amigos
Foto: Divulgação - Pacientes recebem cuidados no Centro de Oncologia do Austa Hospital
Por Da Reportagem Local | 14 de dezembro, 2023

Um gesto de altruísmo. Doar medula óssea para salvar uma vida é uma forma de trazer esperança a quem aguarda pelo transplante. É um gesto simples, indolor, que demanda pouco tempo em sua realização e que ganha grande visibilidade nesta Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, de 14 a 21 de dezembro.

No procedimento, é retirada uma pequena quantidade de sangue, como num exame comum e a amostra é analisada, sendo resultado enviado aos bancos de medula nacional e internacional, conforme explica Carlos Maluf Homsi, médico hematologista e hematoterapeuta do Austa Hospital, de São José do Rio Preto.

“Havendo a necessidade, e se o doador for compatível com o receptor, então inicia-se o processo de doação propriamente dito, como uma doação de sangue”, pontua ele.

Nem sempre, no entanto, encontrar um doador é fácil. Muitas vezes são necessários vários meses de espera até que se encontre a medula compatível, que se entre em contato com o doador e que se proceda a coleta e envio ao local onde o receptor aguarda. É esta uma das muitas razões que justifica a importância de termos cada vez mais doadores em nosso país.

“Quanto mais doadores, maior a probabilidade de se encontrar uma pessoa cujo sangue é compatível com outro que precisa urgentemente, inclusive, correndo risco de vida”, ressalta.

Enquanto espera pela medula que lhe salvará a vida e devolverá o bem-estar, a pessoa experimenta angústia, dúvidas, enquanto dedica-se a lutar contra o câncer até que receba a notícia de que foi encontrado um doador e, finalmente, será realizado o aguardado transplante.

“Neste período, é fundamental que a pessoa conte com o cuidado e carinho dos profissionais de saúde. Esta acolhida também se estende a seus familiares e amigos”, afirma Homsi.

O hematologista integra, no Centro de Oncologia do Austa Hospital, equipe multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiras, psicólogas, cirurgiãs-dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogas, profissionais de apoio e administração. Dezenas de profissionais qualificados para dar suporte clínico e psicológico aos pacientes no período de espera e mesmo após o transplante de medula.

Muitos de nós atuamos na área oncológica há décadas, durante a qual desenvolvemos programas específicos para este tipo de acompanhamento. É um trabalho recompensador para nós podermos cuidar de cada paciente e mantê-lo em condições de bem-estar enquanto aguardamos a boa notícia de que o doador compatível foi encontrado”, declara o hematologista.

Para que esta boa notícia se multiplique cada vez mais, é necessário que cada vez mais brasileiros decidam ser doadores de medula óssea. Para ser um, basta ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e não ter doença impeditiva. Todas as informações podem ser obtidas no site do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

O doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade, ou seja, dependendo de quando se inscrever, às vezes serão décadas para receber a notícia maravilhosa de que você irá doar sua medula e salvar uma vida.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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