Helena é o nome favorito das famílias catanduvenses em 2022
Ele foi escolhido para 34 meninas que nasceram em 2022; levantamento é da Arpen-Brasil
Fotos: ARQUIVO PESSOAL - Rafael e Helena mudaram a vida do casal: ‘amor que só multiplica’
Por Guilherme Gandini | 01 de janeiro, 2023

Escolher o nome de um filho nem sempre é tarefa fácil, afinal, a responsabilidade por essa decisão é grande. Mas há muitos casos em que o nome parece ter surgido naturalmente, sem segundas opções, nem dúvida entre o papai e a mamãe. Há quem acredite que seja escolha divina e também quem tenha se apaixonado para valer por aquele nome e não abra mão dele.

Em Catanduva, o nome mais registrado nos cartórios, em 2022, foi Helena. Foram 34 bebês, ao todo, que são chamadas assim, graças à decisão dos pais. Ela superou por um único registro o nome Cecília, que foi escolhido para 33 meninas. Na sequência aparecem Gabriel e Miguel, terceiros do ranking e favoritos para os garotos: 30 crianças receberam cada um dos nomes.

Wellington Vanali e Kelly Lucena Vanali são casados há 8 anos e são pais de Rafael, de 3 anos, e Helena, que tem pouco mais de 3 meses. O nome da caçula foi a escolha inicial do casal, mesmo antes de programarem a primeira gravidez. Eles contam que a decisão foi natural e nem mesmo lembram qual deles deu a sugestão. Sabem, contudo, que o outro concordou de imediato.

“Quando ficamos grávidos, já tinhamos escolhido Rafael, se fosse menino, e Helena, para menina. Quando ele completou 2 anos e decidimos que seria hora de ganhar um irmão ou irmã, o nome Helena já era uma certeza”, conta Wellington, completando que a nova escolha para o caso de um segundo garoto foi Gabriel – justamente o nome mais bem ranqueado em 2022.

A escolha do casal pelos nomes não foi aleatória. Wellington é secretário municipal de Finanças na atual gestão municipal, tem formação em filosofia, teologia e pedagogia e mestrado em Teologia Bíblica, na Itália, onde aprendeu grego e hebraico; fez, ainda, arqueologia e geografia bíblica em Israel, aprofundando seus conhecimentos. Daí, não por acaso, os dois nomes que eles registraram os filhos têm origens hebraica, no caso de Rafael, e grega, no da pequena Helena.

Ele explica que o significado de Rafael é “Deus cura”, conforme visto no livro de Tobias, e isso se encaixa perfeitamente na história que eles vivenciaram. Kelly, que é bióloga pós-graduada em genética humana, mas apaixonou-se pela confeitaria e atua profissionalmente na área, tem problemas na tireóide e o quadro, para alguns médicos, trazia riscos para a gravidez.

Com isso, eles passaram maus-bocados até que tiveram orientação de um especialista e, então, seguiram com os planos da maternidade. Foi com o nascimento de Rafael que Kelly conseguiu regular os hormônios da tireóide – o bebê veio como uma verdadeira cura para a doença. Com a segunda gravidez, Helena, “a esplendorosa, iluminada”, veio para completar a família.

“Enquanto a gente não é mãe, a gente acha que sabe o que é amar. Quando somos mães, descobrimos um amor incondicional, uma doação sem fim. Arranjamos forças para estar em pé, cuidar e educar. É uma coisa divina inexplicável”, comenta Kelly, afirmando que, com filhos a vida do casal muda para melhor. “Passamos a dar valor para o que realmente tem sentido.”

Wellington concorda que a paternidade trouxe crescimento. “Todo dia é uma aprendizado, é uma alegria sem fim. Costumo dizer que é um amor que só cresce. Amor pelo filho e filha não tem maior, é diferente”, diz ele. “O amor não reparte, ele apenas se multiplica”, completa, fazendo menção à nova fase da vida da família, com duas crianças dentro de casa.

LEVANTAMENTO

Os dados completos catalogados pelos cartórios brasileiros integram o Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne números de nascimentos, casamentos e óbitos registrados nas 5.570 cidades brasileiras. O levantamento dos dados locais foi feito pela reportagem de O Regional.

Uma das grandes novidades de 2022, nesse segmento, é que o nome deixou de ser imutável no Brasil. Desde junho, qualquer adulto maior de 18 anos pode alterar seu nome em cartório, independentemente do motivo, e pais de bebês, em consenso, conseguem alterar o nome do recém-nascido em até 15 dias após o registro de nascimento -- Lei Federal nº 14.382/2022.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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