Há 29 anos, atleta catanduvense registrava seu nome no Guinness Book
Geverson Ramos foi o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial de supino na Europa, em junho de 1995
Fotos: Arquivo Pessoal - Geverson Ramos (à esq.) ao lado de outro campeão mundial, ‘Pingo’, do Rio Grande do Sul
Por Guilherme Gandini | 23 de junho, 2024

O atleta catanduvense multicampeão Geverson Ramos completa, hoje, 29 anos com seu nome registrado no Guinness Book, o famoso livro dos recordes. Foi em 24 de junho de 1995 que ele conseguiu o reconhecimento, depois de ter sido o primeiro brasileiro a conquistar o título no Campeonato Mundial de Supino, na Europa.

Naquele ano, ele foi campeão da categoria até 90 kg com a marca de 175 kg, em Fry Dek-Mistek, na República Tcheca. “Eu fui campeão do Mundo em 95, na República Tcheca. Entrou para o Guinness por ter sido o primeiro brasileiro a ser campeão mundial lá na Europa, que nunca ninguém tinha sido. O tempo passa, mas graças a Deus continuamos na ativa”, celebra.

De lá para cá, Geverson acumula 23 títulos paulistas, 23 brasileiros, 23 sul-americanos, além de seis recordes do mundo em seis categorias. “É uma história, né? Feita pelo esporte e colocando sempre o nome da nossa cidade na parte mais alta do pódio. Fico contente em dizer que a gente também está na história do esporte.”

O início dessa trajetória foi quase por acaso e com um empurrão do destino, depois de um acidente de trânsito. Quando garoto, Geverson era franzino e magro e, por isso, passou a lutar judô com o sensei Lincoln Xavier e a levantar peso no Sesc, na tentativa de ganhar corpo. “Com 17 anos eu pesava 48 quilos”, lembra.

Depois veio o período de estudos no Rio de Janeiro. “Fui técnico de farmácia veterinária, servi o Exército Brasileiro como paraquedista, depois voltei para Catanduva, competi até sofrer um acidente em 1990, onde quebrei a perna. Vinha ganhando várias competições de peso no karatê no judô e, quando tudo parecia acabado, me transferir pra uma modalidade diferente”.

No supino, Geverson passou a treinar duro e, logo, vieram os títulos paulista, brasileiro e mundial. “Quando vi, consegui ganhar o título mundial na República Tcheca, fiquei em 3º lugar na Finlândia, ganhei na Suíça e Tchekaslovakia, um grande trabalho e seis recordes do mundo”, resume o esportista que hoje também organiza competições e treina outros atletas.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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