A Guarda Civil Municipal (GCM) tem intensificado o patrulhamento em áreas e bairros que costumam ser utilizados por crianças e jovens para soltura de pipas, sobretudo neste período de férias escolares. O objetivo é fechar o cerco ao uso de linhas cortantes – o popular cerol, feito com uma mistura de vidro moído ou mesmo a linha chilena, que tem poder de corte ainda maior.
De acordo com o GCM Fabio Dassena, comandante interino, os bairros com mais registros de apreensões e denúncias são o Alto da Boa Vista, Parque Glória 6, Nova Catanduva e Jardim Imperial. “Atendemos às solicitações, mas também fazemos patrulhamentos por bairros. É lógico que tem casos pela cidade toda, mas esses bairros têm maior incidência de apreensões”, pontua.
Ao longo do ano passado, segundo levantamento da GCM, foram apreendidas mais de 300 pipas e carreteis, até em número superior. “Algumas vezes eles cortam a linha, a pipa vai embora, mas o carretel fica”, lembra Dassena, informando que todos os produtos foram incinerados em dezembro, restando na sede da GCM itens que foram apreendidos no último mês do ano.
Quando a viatura chega ao ponto da denúncia, a equipe busca por responsáveis pelos menores de idade nas proximidades. As demais pessoas que estiveram nos locais fiscalizados são alertadas sobre os perigos do uso do cerol. Já quando há flagrante, é solicitada a presença do pai ou responsável legal para se responsabilizar pela conduta do filho.
É registrado boletim de ocorrência com o CPF do pai, por não cuidar do filho e permitir o uso de cerol, e ele responde pela autuação. Conforme a legislação municipal, é caracterizado o uso do cerol quando o indivíduo está utilizando a linha com o produto cortante, fabricando ou mesmo carregando a cola separada do vidro moído. As três situações acarretam multa.
“Que as pessoas soltem a pipa com segurança, os pais com os filhos, em local seguro, não no meio da rua, podendo causar dano à saúde de alguém. A Guarda Municipal está atenta para coibir esses casos e quem tem a consciência de soltar a pipa sem o cerol que possa fazer com tranquilidade. Quando a pessoa faz bom uso da brincadeira, ela é salutar”, frisa.
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