O período de férias escolares nem mesmo começou e a Guarda Civil Municipal (GCM) de Catanduva já está fechando o cerco contra o uso de linhas cortantes em pipas – o popular cerol, feito com uma mistura de vidro moído ou mesmo a linha chilena, que tem poder de corte ainda maior. A chamada Operação Cerol é um dos destaques da programação anual da GCM.
“O patrulhamento já percebeu que há um volume maior de pessoas soltando pipas nos bairros e nós sabemos que o pessoal usa essa linha chilena e o famoso cerol, que é a cola com cortante na linha, que pode causar dano à saúde com ferimentos graves para motociclistas, ciclistas e pedestres”, pontua o comandante interino da GCM, Jeferson Rodrigues.
Essa constatação fez com que a fiscalização fosse antecipada, sobretudo nos bairros em que o uso de pipas já é costumeiro. “No final de semana já conseguimos fazer a recolha de carreteis e pipas para, logo no início das férias, intensificarmos as ações”, relata, fazendo menção à apreensão de 40 pipas e 12 latas com cerol no Alto da Boa Vista, Cidade Jardim e Alpino.
Segundo a GCM, no momento da ação nenhum responsável pelos menores de idade foi localizado nas proximidades. As demais pessoas que estavam nos locais fiscalizados foram alertadas sobre os perigos do uso do cerol. A conduta, inclusive, é passível de multa.
“Que as pessoas soltem a pipa com segurança, os pais com os filhos, em local seguro, não no meio da rua, podendo causar dano à saúde de alguém. A Guarda Municipal está atenta para coibir esses casos e quem tem a consciência de soltar a pipa sem o cerol que possa fazer com tranquilidade. Quando a pessoa faz bom uso da brincadeira, ela é salutar”, frisa Rodrigues.
Quando há flagrante, é solicitada a presença do pai ou responsável legal para se responsabilizar pela conduta do filho. “É registrado boletim de ocorrência da Guarda com o CPF do pai, por não estar cuidando do filho e permitindo o uso de cerol, e ele responde pela autuação.”
Conforme a lei municipal nº 4.530/2008, é caracterizado o uso do cerol quando o indivíduo está utilizando a linha com o produto cortante, fabricando ou mesmo carregando a cola separada do vidro moído. As três situações acarretam multa de 50 UFRC, equivalente a R$ 181,69. Dependendo da situação, a pessoa pode ser conduzida à delegação para registro de boletim de ocorrência criminal por periclitação de vida, por colocar pessoas em risco.
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