
Começaram as atividades, na última terça-feira, 5, do Grupo Reflexivo para Homens Autores de Violência Doméstica e Familiar. A iniciativa é fruto de ação conjunta da Associação Monserrat de Catanduva e do Grupo MAN – Masculinidade Ampliando a Natureza, de São José do Rio Preto.
O projeto conta com a parceria do Ministério Público e da 1ª Vara Criminal de Catanduva, por meio da atuação do juiz Antônio Carlos Pinheiro de Freitas, e tem apoio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, que cedeu o espaço para a realização dos encontros.
O grupo é composto por homens encaminhados pelo Ministério Público da Comarca de Catanduva, conforme previsto na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), que institui como medida de responsabilização o acompanhamento em grupos reflexivos para autores de violência.
Durante os encontros semanais, sempre às terças, a partir das 19h, os participantes são convidados a refletir sobre temas como gênero, masculinidades, violência, afetividade, empatia e responsabilização. O objetivo é provocar mudanças de atitudes e a construção de uma nova percepção de convivência baseada no respeito às mulheres e aos direitos humanos.
A parceria com o Grupo MAN, referência na condução de trabalhos com homens na região noroeste paulista, fortalece a proposta da Associação Monserrat de promover a justiça restaurativa e a cultura de paz, contribuindo para a redução da reincidência e para a reconstrução de vínculos familiares e sociais.
Segundo a psicóloga e gestora da Associação Monserrat, Natália Carnelossi, a ação reafirma o compromisso das instituições envolvidas com a superação da violência de gênero e o fortalecimento das políticas públicas de proteção e prevenção.
“Eu fico muito contente de poder ajudar de uma forma assim completa, tanto as mulheres quanto os homens, porque se a gente não ajuda os dois o ciclo de violência não acaba”, ressalta.
MONSERRAT
A Associação Monserrat, de Catanduva, atende mulheres vítimas de violência doméstica com serviços nas áreas jurídica, psicológica e social, além de encaminhamentos. A organização atua em Catanduva e região, com foco nas cidades de Tabapuã, Santa Adélia, Catiguá e Novais.
O projeto tem apoio do Ministério Público (MP) dessas comarcas e parcerias com municípios. Através do Centro de Atendimento da Mulher (CAM), são atendidas demandas espontâneas e casos encaminhados pelo MP, Delegacia da Mulher, Creas, Cras e equipamentos de saúde.
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