A greve de servidores técnicos-administrativos e docentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP caminha para sua terceira semana. Iniciada em 15 de abril, a paralisação acompanha a movimentação nacional iniciada em 2023 por entidades sindicais que representam as categorias da instituição, como o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), e das universidades federais, caso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

Entre as pautas e reinvindicações do movimento estão: a reestruturação das carreiras de técnico-administrativos e docentes; a recomposição salarial de 34,32% para os técnicos administrativos e 22,71% para os docentes; a revogação de todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022) e a recomposição do orçamento dos Institutos Federais.

O movimento em Catanduva conta com a adesão de 70% do efetivo docente e 90% dos técnicos administrativos. Nesse sentido, as atividades do campus estão paralisadas, garantindo-se apenas os serviços essenciais. Duas turmas do Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio estão com algumas aulas de docentes que não aderiram à greve, bem como os cursos superiores.

Nas duas primeiras semanas foram propostas atividades para o fortalecimento do movimento, reuniões com estudantes e familiares, oficinas e assembleias para avaliação da conjuntura nacional. A primeira reunião com o governo federal foi no dia 19 de abril, que sinalizou proposta de reajuste e reestruturação das carreiras. Contudo, em Catanduva, os servidores votaram, em assembleia, pela rejeição da proposta. O Comando Nacional de Greve se reunirá nesta sexta-feira, 26, para compartilhar os encaminhamentos das bases e planejar as suas próximas ações. A expectativa de uma nova proposta do governo federal é para o dia 6 de maio.