Catanduva fechou o primeiro trimestre do ano com saldo positivo na geração de empregos, de acordo com números divulgados pelo Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, órgão ligado ao Ministério da Economia. Apesar disso, o desempenho econômico do município no mês de março foi extremamente negativo. Resultado: quase 200 empregos perdidos.
Em três meses, o mercado de trabalho local contabiliza 5.316 admissões e 4.980 desligamentos, saldo de 336 empregos formais. Na análise mês a mês, janeiro teve resultado positivo, com 237 vagas abertas, fevereiro criou 208 e março amargou o corte de 199 ocupações. O estoque atual de vagas com carteira assinada na cidade, segundo o Caged, é de 39.223 trabalhadores.
O setor de serviços foi o que apresentou melhor performance, com 336 postos de trabalho criados: 2.813 contratações e 2.417 desligamentos. A indústria mostrou recuperação e teve saldo de 208 empregos (987-779). Já o comércio ficou no vermelho com 173 vagas eliminadas (1.126-1299), assim como a construção civil, que perdeu 25 (362-387). A agropecuária ficou estável (28-28).
Na análise por sexo feita pelo Caged, os homens tiveram saldo positivo de 452 vagas no trimestre. Já entre as mulheres, houve perda de 116 postos. Por faixa etária, o grupo que mais conseguiu ocupações foi o de 18 a 24 anos – saldo de 199 vagas. Na sequência, aparece o público de até 17 anos (87), de 25 a 29 anos (65) e de 30 a 39 anos (58). Os demais tiveram resultados negativos.
Quanto ao grau de instrução, as pessoas com Ensino Fundamental Completo tiveram mais sucesso no mercado de trabalho. Foram abertas 325 vagas para esse público. Para profissionais com Superior Completo, houve 101 vagas de saldo; e para Médio Completo, 25. A situação foi oposta para Fundamental Incompleto (-43), Médio Incompleto (-49) e Superior Incompleto (-22).
SÉRIE HISTÓRICA
Levantamento feito pelo Jornal O Regional na base de dados do Caged mostra que o ano de 2020, com suas 3.953 vagas com carteira assinada, representa o melhor resultado da série histórica iniciada em 2007. Na sequência aparecem 2012 (1.681 vagas), 2009 (1.670) e 2021 (1.432). A experiência mais traumática foi em 2015, quando 3.238 catanduvenses perderam seus empregos.
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