Furtos de caminhonetes seguem em alta e comandante da PM faz alerta
Aumentaram as ocorrências envolvendo Hilux e SW4, alvos prediletos de quadrilhas especializadas nesse tipo de crime
Foto: DIVULGAÇÃO - Major PM Eduardo Ceneviva Berardo pede o apoio dos proprietários para diminuir os furtos dos veículos de alto valor
Por Da Reportagem Local | 12 de maio, 2022
 

Nos últimos 30 dias, cinco caminhonetes de alto valor foram furtadas na região de Catanduva. O índice segue tendência verificada ao longo do ano passado: no período de maio de 2021 até março deste ano, 18 casos semelhantes foram contabilizados pela polícia. 

Preocupado com as ações criminosos registradas, o comandante do 30º Batalhão da Polícia Militar do Interior, sediado em Catanduva, major PM Eduardo Ceneviva Berardo, reforça o alerta à população e faz orientações importantes. 

“Nós voltamos a ter aumento nos furtos de Hilux e SW4, que tristemente é um veículo na faixa de R$ 400 mil que tem um sistema de segurança muito frágil. Um ladrão consegue abrir o veículo, trocar o sistema de ignição e sair com o carro em menos de 40 segundos. Obviamente a Polícia Militar está muito preocupada com isso, quer mitigar esse tipo de problema, especialmente aqui na nossa área de Catanduva e região”, explica Berardo.  

Apesar de muitos condutores alegarem ter seguro para os veículos, os danos são grandes afirma o major. “Muitos podem pensar que por terem seguro não perdem nada, mas na verdade perdem sim, porque minimamente você vai ficar várias semanas sem o seu veículo ou até receber o dinheiro do seguro e poder comprar outro. Além de ter sua alíquota brutalmente elevada na próxima vez que fizer o seguro, sabemos que quando a pessoa sofre um sinistro e fizer uso do seguro, na próxima renovação vai pagar muito mais, imagine de um veículo de R$ 400 mil.” 

O PM dá dicas de como evitar o furto do veículo. “Existe uma solução muito simples, que eu aprendi quando era motociclista porque andava com motocicletas de alto valor e não valia à pena fazer o seguro. Para evitar o furto das motos colocava um corta ignição, que é uma chave interruptora, um liga e desliga. Você compra em qualquer loja de material elétrico, não precisa ser uma loja de veículo. Posteriormente, basta pedir para que o eletricista coloque entre o fio que faz o caminho da bateria até a ignição do veículo, porque sem energia o ladrão não poderá trocar a placa e o veículo não vai dar partida. Óbvio que a chave deve ser escondida embaixo do banco, no quebra-sol, no painel, em vários locais.” 

Ele frisa que, apesar dos esforços do batalhão, é impossível a Polícia Militar estar em todos os locais em todo o tempo. “Nós entendemos que cada um pode fazer a sua parte, o 30º Batalhão atende 16 municípios, temos um total de 301 mil habitantes e é absolutamente impossível a polícia estar em todo lugar a todo tempo. Tristemente tratam-se de veículos cujo sistema de segurança são absolutamente frágeis, tanto que um engenheiro estuda 30 anos para fazer um sistema e o ladrão consegue quebrar em 40 segundos. Não há como negar que é um sistema frágil e a montadora deveria estar preocupada com os seus clientes e deveria implementar melhorias nesse sistema de segurança.” 

Berardo pede apoio da população. “Nosso batalhão está inteiro trabalhando direcionado para resolver esse problema, fazendo reuniões com os batalhões circunvizinhos para que possamos atuar em conjunto, mas também dependemos da boa vontade e da atitude de cada proprietário dos veículos.” 

 

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Da Reportagem Local
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