Festival Piquenique das Pretas celebra a mulher negra em Catanduva
Iniciativa do Movimento Negro prevê rodas de conversa, oficinas, muita música, dança e comida gostosa no próximo sábado
Foto: Divulgação - Festival Noite Preta foi promovido pelo Movimento Negro em parceria com o Sesc em 2022
Por Guilherme Gandini | 19 de julho, 2023

O Festival Piquenique das Pretas é um movimento que vem acontecendo em todo o Brasil e tem por objetivo celebrar a mulher negra, fazendo alusão ao 25 de julho, quando é comemorado o Dia de Tereza de Benguela e Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data provoca a sociedade a respeito do lugar social que ocupa a mulher negra, estimulando o debate.

Tereza de Benguela foi uma heroína negra que lutou contra as violências do sistema escravagista, gerindo como líder o Quilombo Quariterê, no Mato Grosso. Sua resistência inspira as mulheres negras que, ainda hoje, lutam contra as desigualdades deixadas como marca da escravidão.

Em Catanduva, o Movimento Negro fortalecerá a agenda do “Julho das Pretas” com o Festival Piquenique das Pretas, que será realizado na sede da Apeoesp no próximo sábado, 22 de julho, a partir das 15 horas. O evento será aberto a todos na rua Morro Agudo, 376, Parque Iracema.

“O Movimento Negro, desde a sua fundação, realiza atividades em comemoração ao 25 de julho, mas esse é o primeiro ano em que será realizado no formato de festival. Será uma programação bastante ampla, com debate, roda de conversa, palestra, música, piquenique bastante celebrativo e oficinas inclusive para crianças”, pontua a vereadora Taise Braz, que integra o Movimento Negro de Catanduva e é uma das organizadoras da atividade.

Ela diz que será oportunidade para falar sobre a realidade da mulher negra na sociedade brasileira e seus desafios. “Mas também celebrar quem somos e as conquistas, e pensar em políticas públicas e áreas que precisam de maior atenção”, complementa.

Um dos cuidados do grupo foi o de programar oficinas específicas para as crianças. “Para que esse empoderamento possa começar desde pequeno, saber da sua ancestralidade, dessas mulheres que vieram antes e começaram esse movimento de luta”, explica Taise. “Será um momento festivo, de reflexão, informação, empoderamento, de reivindicar e celebrar”.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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