Festival Paralímpico reforça inclusão e difunde o esporte adaptado
Foto: Divulgação - Jovens participaram de partidas adaptadas de basquete, vôlei, bocha e atletismo
Evento coordenado pelo CPB reuniu cerca de 150 pessoas, com e sem deficiência, familiares, cuidadores e amigos
Por Daniel Devitto Zákia | 23 de setembro, 2025

O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro promoveu no sábado, dia 20, em Rio Preto, a segunda edição do Festival Paralímpico 2025, iniciativa que reforça a inclusão, o incentivo ao esporte e a troca de experiências entre crianças e adolescentes. O evento, coordenado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), foi realizado na quadra da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), e reuniu cerca de 150 pessoas, com e sem deficiência, familiares, cuidadores e amigos. O Festival aconteceu simultaneamente em mais de 100 cidades em todo o país.

Durante a manhã, os jovens tiveram a oportunidade de participar de partidas adaptadas de basquete, vôlei, bocha e atletismo, modalidades cuidadosamente preparadas para garantir a acessibilidade. O objetivo foi oferecer um espaço de convivência e experimentação esportiva de maneira lúdica e recreativa, estimulando a superação de barreiras físicas e sociais.

Entre os participantes, atletas do Lucy Montoro, medalhistas em competições nacionais e internacionais, como Débora Roque, moradora de Birigui e atleta de cross fit, dardo e disco, e Bruno Damião dos Santos, morador de Rio Preto e que figurou entre os três melhores do Brasil no lançamento do disco.

Mais do que suas medalhas, eles levaram para o Festival o exemplo de que os portadores de deficiência física podem ter uma vida plena. “Antes de sofrer ficar paraplégica três anos atrás, eu era totalmente sedentária. Nosso corpo é fantástico. Independentemente da nossa limitação física, temos plena capacidade de adotar um esporte, é só encontrar o que você gosta e é possível praticar”, afirmou Débora.

Damião também era sedentário, com seus 130 quilos ao volante de um caminhão. Em 2016, ao reagir a um assalto, foi baleado na coluna e ficou paraplégico. A limitação também o levou ao esporte. Primeiro, canoagem, depois lançamento de disco, que o resultaram em mais de 30 medalhas. “Além de oferecer qualidade de vida, o esporte permite a sua inserção na sociedade, a conhecer muitas pessoas e lugares. Não consigo viver sem o esporte”, declarou o atleta.

É na condição de formador de esportistas e referência no país que a unidade do Instituto Lucy Montoro de Rio Preto sediou novamente o Festival Paralímpico, também uma forma de estimular a comunidade local a reconhecer o esporte como ferramenta de transformação social e promoção de igualdade.

Autor

Daniel Devitto Zákia
Formado em Direito e Publicidade e Propaganda, pós-graduado em Administração Hospitalar e Gestão de Pessoas e Marketing. Compositor e empresário.

Por Guilherme Gandini | 26 de setembro de 2025
Criminosos usam nome e dados de pessoas internadas em golpes
Por Da Reportagem Local | 26 de setembro de 2025
Patrulha Rural encontra homem morto dentro de carro no canavial
Por Da Reportagem Local | 26 de setembro de 2025
Primeiros pedágios eletrônicos das rodovias paulistas completam 1 ano