De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% da população brasileira é composta por pessoas surdas, o que representa mais de 10 milhões de cidadãos. Desses, 2,7 milhões têm surdez profunda e não escutam absolutamente nada. Embora haja uma lei que estabelece o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras), essa comunidade ainda enfrenta muitos obstáculos para acesso a serviços básicos oferecidos por empresas, órgãos e entidades.
Com o objetivo de refletir sobre as lutas da comunidade surda por inclusão e oferta de atendimentos especializados, a Faculdade de Medicina Faceres realiza o 7º Dia do Surdo nesta segunda-feira, dia 28 de outubro, a partir das 18h30.
O evento contará com palestras traduzidas em Libras abordando temas de saúde, como prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, com a professora doutora Daiane Cassaro e prevenção e diagnóstico do câncer de mama com o professor doutor Gabriel Dumbra.
Além das palestras, os participantes terão acesso a atendimento individualizado em Libras, com serviços como aferição de pressão arterial, teste de glicemia, teste de IMC, informações e orientação sobre saúde cardíaca e saúde dos 40+ e encaminhamentos e receitas.
Para o professor de Libras da Faceres, Thiago Vechiato Vasques, a Língua Brasileira de Sinais é fundamental em todos os momentos e no âmbito escolar não é diferente. “Queremos que a comunidade surda tenha acesso a informações sobre saúde de forma clara e acessível, em Libras, criando um espaço acolhedor e inclusivo, onde todos se sintam valorizados e respeitados”.
A disciplina de Libras pertence à grade curricular do curso de medicina da Faceres desde agosto de 2015. É uma forma de preparar o estudante para o atendimento a um paciente surdo.
Para o diretor da faculdade, Toufic Anbar Neto, o curso de Libras durante a graduação é um diferencial da instituição, pois, em outras universidades, a disciplina geralmente é optativa e, muitas vezes, oferecida com carga horária reduzida e de forma não específica.
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