As exportações continuam em alta em Catanduva. O resultado do primeiro semestre revela aumento de 5,3% com relação aos primeiros seis meses do ano passado e coloca o município como 66º maior exportador paulista e 264º do país. Foram comercializados US$ 102,18 milhões no período, em 2022, superando os US$ 97 milhões de janeiro a junho do ano passado.
No comparativo com os anos anteriores, o desempenho das empresas locais no mercado internacional ficou aquém de 2020, que vendeu US$ 110,5 milhões ao exterior, mas muito acima do último ano pré-pandemia, 2019, quando foram exportados US$ 80,2 milhões em seis meses.
No sentido oposto, Catanduva comprou US$ 4,2 milhões em produtos estrangeiros, com queda de 5,9% com relação ao primeiro semestre de 2021, quando as importações atingiram R$ 4,5 milhões. Com isso, o superávit da balança comercial catanduvense no primeiro semestre foi de US$ 97,8 milhões, com alta de 4,9% diante dos US$ 92,4 no mesmo período do ano passado.
O açúcar lidera as vendas para outros países, com 35% de participação, num total de US$ 35,6 milhões. A variação foi positiva de 0,4% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Na sequência aparecem os extratos, essências e concentrados de café, com 31% e US$ 32,1 milhões comercializados de janeiro a junho. O produto teve alta de 7,5%.
O ranking tem o óleo de amendoim em terceiro lugar, com 29% de participação e US$ 29,4 milhões vendidos, em alta de 9,9%. Os sumos de fruta somam US$ 2 milhões, representando 2% da força exportadora, mas com retração de 30,8%. Os demais produtos não atingem 1% cada.
Quanto às importações feitas por Catanduva no primeiro semestre, os itens mais procurados foram leite e nata (25%, bombas para líquidos (22%), torneiras e válvulas (18%), motores e geradores (4,5%). Tubos de plástico e seus acessórios somaram 4,2%.
Os países que mais compraram produtos das empresas catanduvenses nos seis primeiros meses do ano foram a Itália (21%), China (18%), Japão (11%), Malásia (6,4%) e Estados Unidos (6%). Já os que mais venderam para o município foram a Itália (47%), China (17%), Argentina (16%), Paraguai (9,1%) e Índia (2,9%). Todos os dados consultados são do Ministério da Economia.
HISTÓRICO
Há 20 anos, em 2001, Catanduva exportou U$ 98,2 milhões, com aumento nos anos seguintes e ligeiras oscilações. Crescimento significativo foi registrado em 2006, quando a cidade movimentou US$ 227 milhões, com aumento nos dois anos seguintes: US$ 283,8 milhões, em 2007, e US$ 289 milhões, em 2008; e redução em 2009, que fechou em US$ 233,6 milhões.
A partir daí, os melhores resultados aconteceram em 2010, com US$ 384,4 milhões, em 2011, com o recorde de US$ 669,3 milhões, e 2012, quando o município exportou US$ 417,7 milhões. De lá para cá, o município fez US$ 243,5 milhões em 2013 e média de US$ 182 milhões anuais até novo ápice em 2020, com US$ 285,3 milhões. No ano passado, foram US$ 229,3 milhões.
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