As empresas catanduvenses exportaram 20,4% a mais de janeiro a março deste ano, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. O resultado do período foi de US$ 34,6 milhões, em 2022, e de US$ 28,7 milhões, em 2021, superando inclusive as vendas ao exterior de 2019, no período pré-pandemia – naquele ano, foram vendidos US$ 32,3 milhões.
No quesito importação, Catanduva comprou pouco mais de US$ 2 milhões em produtos estrangeiros, com queda de 22,1% com relação ao primeiro trimestre do ano anterior. O saldo da balança comercial, no período, foi de US$ 32,5 milhões. O desempenho colocou o município como 83º maior exportador de São Paulo, com participação de 0,2%, e 315º do país.
Os extratos, essências e concentrados de café lideraram as vendas, com 45% do volume exportado, num total de US$ 15,6 milhões. A variação foi de 10,7% com relação ao primeiro trimestre de 2021. Na sequência aparece o óleo de amendoim, com 30% de participação e US$ 10,3 milhões em divisas. A alta foi de 42,3% e variação absoluta superior a US$ 3 milhões.
O próximo produto do ranking é o açúcar, que liderou as exportações do ano passado. No primeiro trimestre, foram vendidos US$ 5,4 milhões, em alta de 35,8% na comparação com o mesmo período do ano passado e participação de 16%. Com índices menores, ainda compõem a balança comercial os sumos de frutas, com 4,5%, e os óleos essenciais, com 1,6%.
Quanto às importações feitas por Catanduva no primeiro trimestre, os itens mais procurados foram leite e nata, concentrados ou adicionados de açúcar ou de outros edulcorantes (32%), torneiras e válvulas (17%), bombas para líquidos (17%), motores e geradores elétricos (9,2%), máquinas e aparelhos mecânicos (4,8%), além de tubos e acessórios de plástico (2,9%).
Os países que mais compraram produtos das empresas catanduvenses foram a China (24%), Itália (20%), Japão (18%), Estados Unidos (8,2%) e Coreia do Sul (7,3%). Já os que mais venderam para o município foram a Argentina (32%), Itália (32%), China (22%), Índia (5,7%) e Dinamarca (2,4%). Todos os dados consultados são do Ministério da Economia.
DESTAQUE REGIONAL
Na região, Catanduva continua sendo referência no quesito exportação. A cidade vendeu cinco vezes mais para o mercado externo do que a vizinha São José do Rio Preto, por exemplo, que exportou pouco mais de US$ 6,5 milhões no primeiro trimestre. Ariranha alcançou R$ 15 milhões, Itajobi US$ 9 milhões, Olímpia US$ 6,1 milhões e Novo Horizonte US$ 5,2 milhões.
HISTÓRICO
Há 20 anos, em 2001, Catanduva exportou U$ 98,2 milhões, com aumento nos anos seguintes e ligeiras oscilações. Um crescimento significativo foi registrado em 2006, quando a cidade movimentou US$ 227 milhões, com aumento nos dois anos seguintes: US$ 283,8 milhões, em 2007, e US$ 289 milhões, em 2008; e redução em 2009, que fechou em US$ 233,6 milhões.
A partir daí, os melhores resultados aconteceram em 2010, com US$ 384,4 milhões exportados, 2011, com o recorde de US$ 669,3 milhões, e 2012, quando a cidade exportou US$ 417,7 milhões. De lá para cá, o município fez US$ 243,5 milhões em 2013 e manteve média de US$ 182 milhões anuais até novo ápice em 2020, com US$ 285,3 milhões, apesar da pandemia.
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