Exportações aumentam 20% e têm melhor resultado em 10 anos
Açúcar liderou as vendas das empresas catanduvenses no mercado internacional; extratos de café e óleo de amendoim vêm na sequência
Foto: DIVULGAÇÃO - Países que mais compraram produtos catanduvenses foram China, Itália e Malásia
Por Guilherme Gandini | 07 de outubro, 2022
 

Catanduva teve este ano o melhor resultado no mercado externo, de janeiro a setembro, desde 2012. O município exportou US$ 212,5 milhões nos nove primeiros meses do ano, registrando alta de 20% no comparativo com o ano anterior e superando todos os resultados da última década, levando em conta o mesmo período de nove meses.  

A performance internacional coloca Catanduva como o 54º maior exportador paulista, com participação de 0,4% nas exportações do estado, e 218º do país, com a fatia de 0,08%. De janeiro a setembro, o saldo da balança comercial catanduvense foi de US$ 200,8 milhões, já que as importações feitas pelas empresas locais somaram US$ 11,6 milhões.  

O açúcar lidera as vendas para outros países, com 50% de participação, num total de US$ 106 milhões. A variação foi positiva em 24,1% na comparação com janeiro a setembro do ano passado. Na sequência aparecem os extratos, essências e concentrados de café, com 24% e US$ 50,8 milhões comercializados no período. O produto teve alta de 13,8%.  

O ranking tem o óleo de amendoim em terceiro lugar, com 22% de participação e US$ 47,1 milhões vendidos, em alta de 22,1%. Os óleos essenciais somam 1,3% e US$ 2,8 milhões, em alta de 104,6%, tendo logo a seguir os sumos de frutas ou de produtos hortícolas, que representam 1,2% da força exportadora; o valor é US$ 2,6 milhões, mas com retração de 45%.  

Quanto às importações feitas por Catanduva de janeiro a setembro, os itens mais procurados no exterior foram leite e nata (47%); torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes (16%); bombas para líquidos (13%); máquinas e aparelhos mecânicos (4%); tubos e acessórios (2,4%) e aparelhos mecânicos para projetar, dispersar ou pulverizar líquidos (2,4%).   

Os países que mais compraram produtos das empresas catanduvenses nos nove primeiros meses do ano foram a China (24%), Itália (12%), Malásia (8,8%), Japão (8,7%) e Egito (4,2%). Já os que mais venderam para o município foram a Itália (34%), Argentina (25%), Paraguai (22%) e China (14%). Todos os dados consultados são do Ministério da Economia.  

 

 

Ano de 2011 foi o melhor da série histórica   

Há 20 anos, em 2001, Catanduva exportou US$ 98,2 milhões, com aumento nos anos seguintes e ligeiras oscilações. Crescimento significativo foi registrado em 2006, quando a cidade movimentou US$ 227 milhões, com aumento nos dois anos seguintes: US$ 283,8 milhões, em 2007, e US$ 289 milhões, em 2008; e redução em 2009, que fechou em US$ 233,6 milhões.  

A partir daí, os melhores resultados aconteceram em 2010, com US$ 384,4 milhões, em 2011, com o recorde de US$ 669,3 milhões, e 2012, quando o município exportou US$ 417,7 milhões. De lá para cá, o município fez US$ 243,5 milhões em 2013 e média de US$ 182 milhões anuais até novo ápice em 2020, com US$ 285,3 milhões. No ano passado, foram US$ 229,3 milhões.

 

 
 
 
 
 
 

ALTA DAS EXPORTAÇÕES DE CATANDUVA 2021-2022* 

 
 
 
 

Mês 

 
 

2022 

 
 

2021 

 
 
 
 

Janeiro 

 
 

$15.748.503 

 
 

$7.986.753 

 
 
 
 

Fevereiro 

 
 

$8.733.216 

 
 

$8.190.934 

 
 
 
 

Março 

 
 

$10.137.460 

 
 

$12.583.757 

 
 
 
 

Abril 

 
 

$16.234.589 

 
 

$16.521.431 

 
 
 
 

Maio 

 
 

$18.879.409 

 
 

$28.592.034 

 
 
 
 

Junho 

 
 

$32.443.373 

 
 

$23.160.514 

 
 
 
 

Julho 

 
 

$36.778.166 

 
 

$15.566.950 

 
 
 
 

Agosto 

 
 

$32.148.411 

 
 

$32.848.598 

 
 
 
 

Setembro 

 
 

$41.407.108 

 
 

$31.256.505 

 
 
 
 

Total 

 
 

$212.510.235 

 
 

$176.707.476 

*em milhões de dólares 

 

 

 

 
 
 
 
 
 

EXPORTAÇÕES DE JANEIRO A SETEMBRO 

 
 
 
 

2022 

 
 

$212.510.235 

 
 
 
 

2021 

 
 

$176.707.476 

 
 
 
 

2020 

 
 

$190.765.871 

 
 
 
 

2019 

 
 

$134.758.304 

 
 
 
 

2018 

 
 

$123.392.264 

 
 
 
 

2017 

 
 

$137.391.959 

 
 
 
 

2016 

 
 

$134.054.348 

 
 
 
 

2015 

 
 

$128.879.896 

 
 
 
 

2014 

 
 

$141.993.397 

 
 
 
 

2013 

 
 

$186.120.353 

 
 
 
 

2012 

 
 

$331.994.542 

*em milhões de dólares 

 

 

 

 

 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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