A penúltima noite de palestras da Jornada Jurídica da Unifipa trouxe ao centro dois jovens egressos do curso de Direito para partilharem com os estudantes suas experiências de rotina de estudos focados em concursos públicos.

Na ordem das apresentações, o primeiro palestrante foi Marcos Oliveira de Melo Filho, formado em 2017, Procurador na cidade de Pontal/SP e recentemente aprovado nos concursos para Advogado da União, Procurador Federal e Procurador da Fazenda Nacional. Acompanhado das também egressas, sua esposa Amanda Melo, e sua irmã Anielly Melo, o advogado salientou que, embora não exista fórmula única para que o candidato obtenha êxito, também deve-se levar muito em conta o período da faculdade, base para qualquer estudo para concursos.

“Tive altos e baixos nesse processo, mas eu sabia onde queria chegar. No período da faculdade de Direito eu tirava o máximo dos professores. Já nem sei quantas vezes fiz a leitura dos códigos civis e leis, mas sabia que horas de estudo valeriam a pena. Uma dica para quem quer entrar nessa área é estudar profundamente a Lei Seca, jurisprudência e a base de formação jurídica contou muito nas minhas aprovações”, disse.

Perguntado sobre dicas para quem está pretendendo seguir a carreira em cargos públicos voltados para formação jurídica, Marcos respondeu que a principal dica é saber lidar com as frustrações, pois nem sempre terá êxito. “Posso definir meu processo de aprovação em três atitudes, que são resiliência, renúncia e disciplina. Perdi momentos com amigos e família, mas sabia que seria para o meu objetivo ser alcançado”, complementou.

O segundo palestrante da noite foi Thiago da Silva Giménez, formado em 2018, procurador jurídico da Câmara de Pindorama, e que foi aprovado nos concursos para Advogado da União e Procuradoria da Fazenda Nacional. O jovem disse aos alunos que no início não tinha muita afeição para os estudos, mas que em certo momento da faculdade percebeu que poderia alcançar mais se tivesse um objetivo.

“Eu não era muito de anotar as aulas; ficava sempre no ‘fundão’. Mas em certo momento, após ler o livro ‘Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski’, tudo se abriu, e descobri que a leitura nos torna inteligentes. Por isso leiam, leiam e leiam livros”, disse Thiago.

Na pergunta da plateia, o concurseiro salienta seguir à risca o conteúdo do edital. “Para melhorar a capacidade de memória, que é essencial para aprovação, reduzam o uso das redes sociais, pois o cérebro entende como recompensa cada vez que você visualiza conteúdos de entretenimento. Cortem vícios que podem tirar seu foco e anotem tudo o que pode ajudar na sua formação, não é decoreba e sim anotar com as suas palavras”.

Com a presença do corpo docente e do reitor e vice-reitora da Unifipa, Nelson Jimenes e Cristiane Procópio de Oliveira, respectivamente, também esteve presente na noite o ex-diretor do Centro Acadêmico, Bruno Marin Brunheti.