Estudantes 5º ano do curso de Engenharia Agronômica da Unifipa, sob orientação da Profa. Dra. Flaviana Andrade, desenvolveram projeto de pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que investiga o uso de blends de óleos essenciais como alternativa ao controle do fungo Penicillium digitatum, causador do bolor verde em frutas cítricas no pós-colheita.
O fungo Penicillium digitatum é um dos principais responsáveis por perdas significativas na qualidade e na durabilidade dos frutos, mesmo em produtos tratados com fungicidas convencionais.
O estudo foca especificamente na variedade Lima Ácida Tahiti, proveniente de Marapoama e certificada com o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), requisito essencial para exportação aos mercados da União Europeia. Apesar do pré-tratamento com fungicidas comerciais, os frutos ainda apresentaram incidência de bolor verde, o que motivou a busca por alternativas mais sustentáveis e de maior valor agregado para o mercado internacional.
A pesquisa conta com amostras de P. digitatum provenientes da coleção do Laboratório de Fitopatologia e Controle Biológico do Centro de Citricultura “Sylvio Moreira”, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), localizado em Cordeirópolis. O uso dos isolados permitiu análise rigorosa e cientificamente embasada do efeito dos óleos essenciais no controle desse fungo.
O coordenador do curso, Prof. Dr. João Paulo Ferreira, destaca a relevância da pesquisa ao aliar o conhecimento científico com a preocupação pela sustentabilidade.
“O trabalho dos alunos da Unifipa contribui para a produção de citros no Brasil e para o desenvolvimento de soluções mais naturais e menos agressivas ao ambiente. Nossa expectativa é que, comprovada sua eficácia, essa abordagem com óleos essenciais seja aplicada em larga escala, atendendo às exigências do mercado internacional e promovendo práticas agrícolas mais responsáveis. Esta iniciativa reflete o compromisso da Unifipa em promover a pesquisa científica aplicada e formar profissionais capacitados para enfrentar os desafios do setor agronômico, cada vez mais voltado para inovações sustentáveis e de alto valor agregado”, ressalta o coordenador.
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