Dezesseis alunos do Instituto Federal de São Paulo - Câmpus Catanduva inscreveram-se na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Do grupo, seis voltaram para casa com medalhas no peito: Clara Zampiroli Louzada, Felipe Teixeira Ruolla, Guilherme Dermiglio Martinez, Pedro Henrique Mariano, Rafael Marion de Azevedo e Vinicius Rodrigues Ortega.
Clara é estudante do 3º ano do integrado em Mecatrônica e conquistou medalha de bronze. Felipe, Rafael e Vinicius são estudantes do 1º ano do mesmo curso e faturaram a prata. Pedro é do 1º ano do curso integrado em Química e conquistou medalha de prata.
Já Guilherme Martinez, aluno do 2º ano do curso integrado em Mecatrônica, conquistou a medalha de ouro e, inclusive, gabaritou toda a prova. O jovem também foi medalhista de ouro em 2021, quando cursava o 1º ano do curso.
Com o resultado, os medalhistas foram convidados para participar das seletivas (que já começaram) para as Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2023, a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) e International Olympiad of Astronomy and Astrophysics (IOAA).
O grupo é acompanhado por Guilherme Prata, professor de Física do IFSP e coordenador do "Astronomia Para Todos", projeto de extensão que visa à popularização de temas ligados à astronomia e ciência de modo geral, oferecendo de forma gratuita à comunidade oficinas, minicursos, atividades em escolas e eventos de observação do céu.
PREPARAÇÃO
Uma das ações do projeto "Astronomia Para Todos" é justamente um minicurso preparatório para a OBA, oferecido ao estudantes de toda a comunidade desde 2021.
Para Guilherme Prata, existe uma relação entre o projeto e a participação na OBA que pode ser facilmente verificada. Considerando os 16 participantes, dez fizeram o minicurso preparatório em 2022 e quatro deles participam ativamente do projeto. Dentre os medalhistas, dois estudantes, Clara e Pedro, compõem a equipe que conduz as atividades, atualmente formada por três docentes e seis estudantes – quatro deles bolsistas e dois voluntários.
Guilherme, medalhista de ouro em 2021 e 2022, participou das duas edições do minicurso. “Além disso, observamos que, desde o início do desenvolvimento do projeto ‘Astronomia Para Todos’, observamos um número crescente de alunos participantes na OBA e também um número crescente de estudantes medalhistas”, completa o educador.
Diante desse cenário, Prata diz que, ao promover um projeto como o “Astronomia Para Todos”, o Instituto Federal - Campus Catanduva contribui para um ambiente de circulação e troca de conhecimentos que fomenta o interesse dos estudantes e da comunidade.
BOX
‘Os resultados coroam um grande esforço’
O professsor Guilherme Prata diz que o resultado alcançado pelos estudantes de Catanduva nas Olimpíadas de Astronomia representam incentivo e coroam um grande esforço desses alunos. “É importante lembrar que realizaram a prova da OBA em maio, isto é, poucos meses após o retorno presencial”, pondera ele.
Em um sentido mais amplo, Prata diz que a conquista também representa um estímulo para estudantes de Catanduva e região que têm interesse em astronomia e em participar da OBA e gostariam de estudar mais sobre o tema, seja participando do minicurso preparatório ou de outras atividades oferecidas pelo projeto “Astronomia Para Todos” ao longo do ano.
“Os resultados mostram o potencial da educação pública, representam um enorme incentivo e coroam todo um trabalho que ocorre dentro e fora da sala de aula, uma vez que, além do trabalho envolvendo os professores, existe todo um trabalho realizado por um time de servidores públicos que viabiliza uma estrutura de apoio e suporte a iniciativas como a participação na OBA e o projeto de extensão ‘Astronomia Para Todos’”, enaltece.
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