O Governo de São Paulo encerrou a última campanha de vacinação contra a febre aftosa com 100% de cobertura do rebanho de bovinos e bubalinos, o equivalente a cerca de 5 milhões de animais com até 24 meses de idade. O sucesso da imunização encerrada em novembro foi confirmado na última sexta-feira, 12, com a divulgação de dados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
“Alcançar um resultado como este é o resultado da dedicação e comprometimento que a Defesa Agropecuária tem com o agronegócio. Isto faz parte da nossa missão. Ao longo dos anos, avançamos em busca do aprimoramento do trabalho, preparando a cada vacinação uma próxima campanha ainda melhor para que pudéssemos nos sentir seguros para um novo desafio, que é o de manter o cadastro do rebanho e a vigilância ativa sem a necessidade da vacinação contra a doença, protegendo o rebanho paulista de doenças”, disse Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da CDA.
Com a cobertura vacinal de 100% contra a aftosa, São Paulo vai adotar diferentes medidas para manter a sanidade do rebanho pecuário, em ações conjuntas entre os órgãos públicos e o setor pecuarista.
“A vigilância será um dos principais métodos para prevenção da doença e também para detecção precoce no caso de reintrodução da enfermidade”, afirmou Breno Welter, médico-veterinário e gerente do programa estadual de erradicação da febre aftosa.
Assim, não haverá novas campanhas de vacinação contra a aftosa em São Paulo neste ano. Nos meses de maio e novembro, os pecuaristas paulistas deverão fazer a declaração dos rebanhos de bovídeos, além de especificar os animais de outras espécies existentes em cada propriedade, como equídeos – equinos, asininos e muares –, suínos, ovinos, caprinos e aves.
Entre março a maio, a Defesa Agropecuária vai promover um inquérito soroepidemiológico para comprovar a ausência de circulação do vírus causador da febre aftosa no estado. O levantamento é parte dos requisitos que a Organização Mundial de Saúde Animal exige para validar o reconhecimento internacional como área livre sem vacinação.
GRANDES OBJETIVOS
A meta do Ministério da Agricultura e Pecuária é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa até 2026, sem necessidade de vacinação. A partir de maio, o país deverá restringir a movimentação de animais e produtos entre os estados autorizados a suspender a vacinação e as unidades federativas com campanhas obrigatórias de imunização dos rebanhos.
A vacinação será mantida nos estados de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte do Amazonas. Para o reconhecimento de zona livre de aftosa, a Organização Mundial de Saúde Animal exige a suspensão da vacinação contra a doença por pelo menos 12 meses.
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