Especialista em finanças mostra como é possível se organizar melhor em 2023
Foto: Divulgação - Para poupar, é necessário se conscientizar de que sem mudanças de comportamento será impossível poupar
No começo de ano é comum que se estipule metas, mas para atingi-las é preciso ter disciplina, afirma docente da Unifipa
Por Stella Vicente | 11 de janeiro, 2023

É comum que no início do ano novo as pessoas busquem estipular metas em diversas áreas. Uma delas, é a financeira. Porém, segundo o especialista em finanças e docente de Administração na Unifipa, Marcos Venicio Braz de Assis, para conseguir atingir os objetivos desejados é preciso ter disciplina.

Ele explica que nem sempre a ideia de guardar dinheiro e se planejar para fazer uma aquisição importante será eficaz. Isto acontece porque este hábito de organizar as finanças pessoais e obter êxito na prática da poupança não faz parte da cultura do brasileiro em geral. “Isto inclusive já foi muito debatido entre os especialistas em finanças pessoais, pois é muito mais comum a prática do financiamento de um bem do que poupar para obtenção do mesmo”, expõe Marcos.

De acordo com o especialista, uma medida intermediária neste sentido seria o consórcio, pois neste caso, não ocorreria taxas de juros e sim taxas administrativas, tornando o valor das parcelas mais interessantes.

“Para as pessoas que fazem parte daquela parcela da população que de fato conseguem se policiar para realmente colocar em prática o hábito de poupar, o correto seria primeiramente levantar todas as fontes de receitas e respectivos valores mensais, levantar todos os gastos, eliminar gastos supérfluos e projetar um valor mensal como reserva de valor para poupança”, instrui. Assim, ele afirma, a chance de se chegar no final do ano com uma reserva de valor é grande.

Marcos ainda dá dicas para quem deseja economizar de forma eficiente. Antes de tudo, é necessário se conscientizar de que sem mudanças de comportamento será impossível poupar. Isto porque, é mais atrativo comprar um carro por exemplo e já voltar dirigindo para casa, do que guardar dinheiro durante um período de tempo para comprar à vista.

“Entretanto, considerando que a taxa Selic está alta e que, para aquisição de um bem, temos de pagar juros compostos dependendo do número de parcelas e o percentual de entrada na compra de um bem, o valor do montante pode superar o dobro do valor do próprio bem. Ou seja, pagamos o dobro do valor principal de um bem por não termos o hábito de poupar”, esclarece o docente do curso de Administração.

VALE A PENA INVESTIR?

Para o especialista, é preciso pensar em investimentos a todo momento. Porém, deve-se conhecer as possibilidades e procurar distribuir entre aqueles de maior e menor risco. Sempre lembrando que quanto maior a taxa de juros oferecidas para um investimento, maior também será o risco. A regra, segundo Marcos, é pulverizar os valores e analisar qual valor será investido, o tempo que ficará aplicado e procurar um gerente de banco para saber quais produtos são mais atrativos (Poupança, CDB, LCI, LCA, entre outros). Para cada um destes produtos, existem as respectivas regras que devem ser analisadas.

“O ideal, antes de se realizar um investimento, é analisar os gráficos de comportamento dos últimos anos. Isto dará uma ideia da volatilidade daquela opção de investimentos e permitirá uma visão mais assertiva. Outro fator importante, principalmente quando se trata de investimentos de caráter especulativos, é buscar auxílio de um profissional, como um corretor de bolsa de valores, por exemplo”, destaca Marcos.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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