Quando alguém diz de maneira sutil ou explícita que pensa em tirar a própria vida, a primeira reação de familiares e amigos costuma ser o medo, a dúvida e até a sensação de impotência. É nesse momento que a ajuda de psicólogos e psiquiatras se torna essencial.

O psicólogo, palestrante e autor do livro “Hoje o dia amanheceu cinzento - O eu e a depressão", Paulo Henrique de Oliveira, explica o motivo: “Esses profissionais têm técnicas e conhecimentos específicos para avaliar riscos, identificar sinais de alerta e orientar os próximos passos, oferecendo desde acolhimento até planos de tratamento e proteção. Isso pode incluir terapia individual ou em grupo, uso de medicamentos, planos de segurança personalizados e, em casos graves, internações voluntárias ou involuntárias. O objetivo é preservar a saúde e a vida.”

Segundo ele, o suporte não se limita à pessoa em sofrimento: familiares e amigos também podem receber orientação sobre como agir e oferecer apoio de forma adequada. “Embora conversas em casa ou entre amigos sejam importantes, é necessário dar um passo além. Escutar é o primeiro passo, mas a ajuda profissional pode salvar vidas”, afirma o profissional.

Psicólogos e psiquiatras criam um espaço seguro, neutro e sem julgamentos, onde é possível falar sobre dores e sofrimentos emocionais, angústias e desesperos.

“Buscar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, mas um gesto de amor, coragem e responsabilidade com a vida. É a chance de obter alívio, esperança e novas formas de enfrentar problemas e encontrar soluções. Cuidar da mente é cuidar da vida”, finaliza.

CAMPANHA

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. O movimentou surgiu com a ideia de quebrar tabus, reduzir estigmas, estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda. Mais informações estão no site setembroamarelo.org.br.