Escola reforça segurança após mensagem de massacre escrita em parede
Desafio na internet pode estar por trás de ameaça feita no Colégio Unique, em Catanduva, e inúmeros outros do país
Foto: DIVULGAÇÃO - Colégio Unique pediu autorização dos pais para vistoriar mochilas e armários dos alunos após mensagem
Por Guilherme Gandini | 08 de agosto, 2022
A volta às aulas no pós-feriado no Colégio Unique, em Catanduva, será diferente do habitual. A unidade de ensino preparou um esquema especial de segurança para terça-feira, dia 9, depois que uma mensagem foi encontrada na parede do banheiro na sexta-feira, 5, e compartilhada em grupos de mensagens. O texto que acendeu o sinal de alerta diz “Massacre dia 9/08”.  
 
A reação da unidade de ensino foi imediata. “O colégio tomou as devidas providências e estamos seguindo as orientações das autoridades e a situação está sendo investigada”, resumiram Marilaine e Vinicius Lé, mantenedores da escola, em contato com O Regional sábado pela manhã.  
 
Eles afirmam que não há motivos para pânico: “Haverá reforço na segurança, não só por parte da instituição como das autoridades locais. Foi enviado ofício à Guarda Civil Municipal e à Polícia Militar informando a situação e solicitando apoio nos horários de entrada e saída dos alunos.” Foi adquirido detector de metais e solicitada autorização dos pais para vistoriar mochilas e armários.  
 
A suspeita é que a escrita faça parte de um “desafio” divulgado pelas redes sociais, que incentiva os jovens a ter essa atitude. Houve registros semelhantes em várias escolas do país, no início do ano; depois, o fato se repetiu em outros meses.  
 
Na sexta-feira, o Colégio Mackenzie - Campus Alphaville, na capital paulista, constatou mensagem semelhante à vista em Catanduva, mas com grave tom nazista, incluindo a suástica. A instituição acionou a Polícia Civil para investigar e reforçou a segurança interna na unidade de ensino.  
 
“Isso começou a acontecer nas escolas em fevereiro. Eles adotam o mesmo formato de letra e combinam uma data. Estamos empenhados em descobrir a autoria [da mensagem] para saber se o aluno tem problemas psicoemocionais ou se apresenta algum comportamento, apesar de já termos um núcleo de apoio socioemocional e acompanharmos muito de perto”, diz Marilaine.  
 
O intuito da escola é esclarecer as causas e se o pensamento exposto pelo aluno é real ou se ele se deixou envolver pela brincadeira de mau gosto. “A gente quer ter a oportunidade de esclarecer o que aconteceu e ver se a gente conscientiza esses adolescentes que toda ação tem uma reação, que, assim que for descoberto, o aluno vai sofrer as consequências dos atos que ele teve.”  
 
As aulas seguirão normalmente no colégio, que manterá as medidas de segurança reforçadas durante toda a semana, com estrutura especial na recepção aos alunos. Também estão programados momentos educativos com profissionais das áreas de segurança e da Justiça, para orientar os alunos sobre as dimensões e consequências em situações semelhantes. 

 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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