Escola Nestor tem programação especial sobre a Independência do Brasil
Estudantes assistiram à palestra sobre o tema, ontem, e hoje participam de gincana com paródias, cartazes e gritos de guerra
Foto: DIVULGAÇÃO - Primeira abordagem foi do professor Thiago Baccanelli, que falou sobre personagens ocultos da Independência
Por Guilherme Gandini | 06 de setembro, 2022
 

Começou ontem a 5ª Intervenção Cultural da Área de Humanas da escola estadual Dr. Nestor Sampaio Bittencourt, situada no Parque Iracema, em Catanduva. A iniciativa envolve todos os estudantes da unidade – são cerca de 200 ao todo, além dos 16 professores, e tem como tema os 200 anos da Independência do Brasil e os 10 anos do Programa de Ensino Integral na região, já que a escola foi a primeira a adotar o sistema. A programação tem continuidade hoje.  

A primeira abordagem, ontem, foi do professor e historiador Thiago Baccanelli, que realizou bate-papo com os alunos com o tema “Independência do Brasil e seus personagens ocultos”.   

“A ideia é fazer com que o bicentenário da Independência seja lembrado não só com relação à data, mas mostrar que o processo de Independência é muito mais complexo do que o livro didático traz. Desmistificar uma independência produzida por um historiografia muitas vezes eurocêntrica, que valorizava os grandes generais e proporcionar uma discussão mais ampla em relação à própria ideia de independência. Que Brasil que foi esse? Como ele nasceu? Quais as consequências dessa independência para o mundo de hoje?”, comenta Baccanelli.  

O estudioso diz que a história contada pelos escritos e pinturas trazem uma “verdade” que pode ser problematizada, questionada e repensada. “A ideia não é apagar o passado, no sentido de entender que tudo que foi escrito e produzido é falso, longe disso, mas abrir possibilidades de busca. A figura de Dom Pedro I é importante no movimento de independência, mas precisamos pensar: onde a população estava naquele momento? E a questão da escravidão, por que a independência não trouxe isso? E fazê-los (os alunos) repensar e entender o contexto.”  

Baccanelli frisa que os estudantes precisam enxergar que a história é viva, não apenas uma data ou um nome. “Ela é consequência de uma série de ações que ocorreram no nosso passado e a gente, enquanto cidadão, comemorando os 200 anos de independência, temos que refletir. Que país é esse? O que eu, enquanto indivíduo, posso fazer para melhorar a vida dos brasileiros?”  

GINCANA  

A escola Nestor foi dividada em quatro equipes, cada uma delas com cerca de 50 alunos e representando uma cor da bandeira do Brasil e uma fase: República Velha, República Nova, República Populista e Ditadura Militar. Eles terão de produzir paródias sobre o período e apresentar a caracterização de um personagem – retratando um presidente daquela época.  

Os alunos ainda apresentarão cartas de repúdio sobre os temas Racismo, Educação, Violência contra a Mulher e Desigualdade Social, além de grito de guerra, mascote e um cartaz que represente a equipe. A escola está inteiramente enfeitada sobre o tema, com as cores do Brasil. Todo o material produzido será apresentado na tarde desta terça-feira, dia 6. 

 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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